sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Não é triste.


E dizem que os escritores, principalmente de romance, só sabem escrever quando se sentem mal. Ou quando eles estão tristes demais para saber guardar a dor deles apenas para eles. A não se que eu não me encaixe em lugar nenhum de escritor, digamos que há um sério engano na cabeça dos que dizem isto.
Os escritores não escrevem quando estão tristes. Os escritores escrevem quando tem um sentimento tão maior que eles que é preciso passar para o papel antes que explodam. Escrevem quando estão felizes. E sim, também escrevem quando estão tristes. Escritores escrevem quando há sentimentos.  Escrever é uma arte e arte é sentimento.
Escreve, cantar, atuar, dançar sem sentir nada é como comer sem estar com fome. É fazer por fazer. É como sexo sem vontade. É bom, mas não tem graça. Tu finges que escreve, fazes de conta que canta, tu finges que é outra pessoa, um fazes apenas alguns movimentos.
E não é por ai. Escreve é transbordar sentimentos através das palavras. Cantar é falar com o coração e alma a melodia dos sentimentos. Atuar é ser outra pessoa é sentir como se fosse o outro é quase incorporar. Dançar é falar tudo sem usar seques uma palavra é fluir no meio de todas as outras artes.
E não só para os escritores, mas para todos os artistas, fazer alguma coisa sem sentir nada não conta. E se é triste que tu escreves o texto... Não importa o quão triste pareça, o texto vai ter alma.  Assim como qualquer outra coisa que tenha sentimentos em si.

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