terça-feira, 28 de setembro de 2010

trezentos e sessenta e cinco dias + dez.

Foi por um tempo. Pouco tempo, não, não. Muito tempo. Foi um tempo um pouco bom, um pouco ruim. Talvez uma novela, um romance. Mas se foi novela, era daquelas de deixar todos os espectadores putos, muito putos no final, porque o autor sem mais nem porque deixou tudo estranho. Sem pares. Impares. Incertos. Um romance, um romance não de água com açúcar. Mas daqueles que põe um punhal no coração de quem lê. Com beijos, sexo e brigas. Ciúme. Um tempo.
Um tempo, tempo com tudo isso. Tempo. Tempo deveria ser o segundo capítulo do livro desta historia. Seriam trezentos e sessenta e cinco páginas e mais dez. Dez páginas de fotos. Só fotos, imagens congeladas duma pseudo-realidade imaginada. Que vista de certo modo até contaria outra história... O tempo, seria apenas o segundo capitulo.
Mas isso, isso só se fosse um livro.
Não é. Ainda não é. Não sei se vai ser. Talvez. Talvez porque tenha marcado um bom tempo, talvez porque as coisas tenham ficado fora de ordem, talvez porque tinha amor. É amor, amor foi uma palavra pouco usada. Considerada forte e cheia de significados. Significados os quais cabiam em grande maioria em todos os pontos da historia. Mas relutante, não se admitia a palavra no contexto. Apenas agora, no fim, bem quase na contra capa perto das páginas de fotos, foi admitido isso. Era amor. Bem que era.
Mas amor por amor, se transforma em raiva se mal aplicado à mistura. É complexo e tem que ter tempo, tempero e jeito. Se não desanda e dá merda. E raiva, nossa! Raiva e lágrimas não faltaram. Ainda rolam, mas não mais amenas.
E lágrimas... Lágrimas de amor. Amor se transforma em raiva, raiva volta a ser amor, e no final, se nada se resolve, vira desapego. O que resta é lembrança... É lembrança daquelas das fotos das dez ultimas páginas. Embaçadas e desgastadas.
Um tempo, uma lembrança, um sentimento. Foi uma história que deu. Deu o que falar. Deu o corpo, deu vontade, deu raiva, deu tudo, só não se deu uma chance de ser. Cansa, cansa comer feijão todo dia. Uma hora o feijão fica sem graça. Depois volta a ter o mesmo sabor. Mas por enquanto deu.
Essa história só não deu de faz de conta. Era tudo de verdade. Chegava a doer o quão verdadeiro era tudo. Se evitava, vez ou outra, por doer nos olhos o quanto tinha de verdade. E era tão real que nem imaginar uma história de faz de conta se cabia.
cansou, cansei. trezentos e sessenta e cinco dias mais dez.
O fim: sem graça, sem lágrimas, sem casais. e os espectadores desligam a tv e se frustram. Apático. Tanto quanto a segunda parte correspondente do sentimento vivo da parte de ca.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

era de antigamente.

Sinto muito, amor, pois sinto muito amor!
Não posso mudar!
Posso apenas esperar.
E você? Vai esperar, também?
Se quiser pode ir, rir... Você que sabe. Não vou opinar.
Apenas esperar, errar, amar, calar, amar, errar e amar e errar
De novo.
Sempre
E muito.
Porque se não amar e errar. Vou amar acertando será que vai caber tanto amor em mim?
Pois se acerto todos, aposto que não se acabam.
E eu achava que tinha acertado agora. Acho que acertei
Mas, tu, AAAAAAAAH
Tu, amor, erraste feio
Ta ai, todo sem amores e eu, aqui, amando feito pateta.
Eu entendo... Já fiquei assim.
Mas...
Sinto muito, amor... Ainda sinto muito amor.