terça-feira, 31 de agosto de 2010

Eu preciso de espaço, de tempo, de paz, de amor. Mas não quero um quarto grande, nem de férias. Mas não digo que não quero um romance, porque romance tem amor também e quero todo o tipo de amor. Amor, amor, amor... Muito e com ele paz. Mas não só a paz da bandeira branca. A paz que vem de dentro, de verdade. Aquela paz que a gente transmite; que transborda; que inunda o corpo de dentro pra fora até tocar no outro.
Uma pequena lista de grandes coisas, mas é só isso que eu quero. Não preciso de muito mais. Talvez, uma ou duas coisas a mais. Entenda que nada como principais apenas pequenas coisas de brinde.
Poder sentir mais e ressentir menos. Sorrir e se for chorar que seja de emoção. Assim como agora, ouvindo alguma musica e pondo num pedaço de papel tudo o que mais desejo, escorre lágrimas do canto do olho rosto a baixo parando numa linha feita por um sorriso de canto de boca.
É tão pouco, mas parece difícil. Embora seja mais fácil do que imaginamos. Quero paz. Quero leve, quero tranqüilidade.
Quero vida, quero cor, quero viver assim.
Poder correr e sorrir, sentir o vento nos cabelos - queria cabelos grandes também – e dizer: oi vida, oi!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

saudade

Não sinto saudades dele. Dele eu posso matar a saudade com uma ligação ou uma visita rápida. A saudade dele é a de menos, é fácil, bem fácil de resolver.
A saudade que me mata, meu amigo, não é essa comum. A saudade que eu falo não tem cura. É uma saudade difícil que insiste em ficar.
Sinto saudade do clima daquele mês. Do cheiro das coisas, da forma das musicas. E o sentido que tudo tinha. A cor dos dias. Eu sei que os dias têm a mesma cor, uns cinzas, outros azuis, mas eram diferentes tinha alguma coisa a mais.
É difícil de explicar. Demorei muito para entender. Mas é mais ou menos isso que eu sinto. Só de ouvir alguma musica já bate uma saudade, nossa que parece que eu volto no tempo. Mas é só até acabar a musica.
Sabe... Também sinto falta de como as palavras eram ditas naquela época. Nossa, eram também diferentes. Tem dias que até parece que vão ser iguais, mas só parecem. Não são.
Demorei tempos, uns bons meses para entender o que acontece. Mas agora eu descobri. Na verdade eu venho descobrindo aos poucos. Já assumi, já passei por vários estágios. Agora o que mais parece é que estou numa daquelas fotos de porta retrato numa praia, despenteada e rindo, mas só. É uma das fases mais confortáveis, garanto.
É bem tranqüila, sem altos e baixos de confusões. Onde tudo fica claro. Tipo parte final do filme. Quando já se resolveram as coisas e estão preparando o final mais bonito e todo mundo com roupa nova e cheirosinho. Com direito a chá e torta de limão.
Sei que muitas vezes vou sentir falta ainda. Não sei até quando, porque pode ser pra todo o sempre. Pois mesmo que por pouco tempo, foi forte. Pra mim, pelo menos, foi. Talvez sinta falta pra sempre, afinal não haverá igual.
Podem ter melhores. Ou não. Mas pode haver outros. E será do seu modo, cada um. Por isso sempre vou lembrar. Mas se sempre vou sentir saudade assim? Não depende só de mim.
Mas te peço, aceita? Aceita que eu sinta saudade desse sentimento que já não existe mais? Ou até existe, mas só dentro de mim.
Deixa? Deixa eu sentir saudade assim?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

vicio.

Veneno, droga, alguma coisa assim.
Vício...
E a abstinência imediata me faz enlouquecer.
E só preciso de pouco, bem pouco pra ficar doente.
Sim, doente. É assim que fico todas as vezes. Mas não se preocupe, sem isso, para sempre, aprece que falta um pouco de mim. Não sou eu ao máximo.
Ou até sou, mas junto pareço mais.
Parece uma bengala.
Sem mim, continua bengala, mas por mim...
Fico sem chão, não sei andar direito.
Parasita. Droga. Veneno. Vício.
E quando vai ser bom?
Quando é bom?
Por um segundo, alguns instantes de toque, carinho, contato.
Droga alucinógena de efeito rápido alto risco e vício.
Sem taxas seguras. Prazer e êxtase total e momentâneo.
Sou uma viciada. Sou viciada na droga mais perigosa: outro ser.

Tentarei manter a calma até a próxima dose.

Adeus.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Não quero escrever sobre isso. Quero que poucos saibam, bem poucos. Na hora certa tudo vai vir à tona, sempre vem. Mas é tão bom que eu posso falar um pouco, quase nada. Só pra poder falar e dizer que é muito bom.
Tudo colorido novamente, tudo quente, tudo frio (porque eu não gosto de calor). Tão simples como por água no copo. Liquido e transparente.
Confeço que estou tonta, tonta de felicidade.

FIM.