sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Festas, comidas, pessoas, votos, emoção blábláblá e presentes. Provávelmente eu esperei por eles o ano todo. Não negue que você também esperou. Mas quando chega o dia o que você ganha? Porcalhadas, algumas úteis e outras que se jogar fora não faz dierença. Mas vejamos, não se espera o grande e caro, mas sim um coisa que grite (pode só cochixar, tudo bem) o seu nome.
Prestar um pouco de atenção nas pessoas é um pouco bom. se não o que sobra do seu natal é isto:

marcosdotempo.blogspot.com diz (11:10):
*HELLO HOHOHO...
*pelo menos o espírito, pq de presente...
tai (writing) diz (11:10):
*risos*
marcosdotempo.blogspot.com diz (11:10):
*Papai Noel não me curte... :(
tai (writing) diz (11:11):
*nem a mim, talvez eu seja muuuuito muuuito má e tenha pensamentos ruins :(
marcosdotempo.blogspot.com diz (11:11):
*Eu sou muito ruinzinha... mas pensei que o Papai Noel não fosse revanchista...
tai (writing) diz (11:14):
*me too
ElderFerreira. diz (11:59):
*O Papai noel é um porco capitalista.
*u.u
tai (writing) diz (12:00):
*risos*
marcosdotempo.blogspot.com diz (12:00):
*Não gosto do papai noel
*ele é feio, gordo e brocha!
tai (writing) diz (12:00):
*é uma invenção da coca-cola pr tornar o natal MAIS capitalista
tai (writing) diz (12:01):
*por isso ele não tem filho =P
ElderFerreira. diz (12:01):
*Mas ele tem.
*Ainda hoje pela manhã eu conheci a mamãe noel.
*Ela estava aqui sabe...
marcosdotempo.blogspot.com diz (12:01):
*Mamãe Noel não aguenta o saco que ele é!
*Na verdade, o Papai Noel É UM SACO!
ElderFerreira. diz (12:01):
*Discutindo os males do natal comi
**comigo
ElderFerreira. diz (12:02):
*E é tão somente por isso que a mamãe noel tá com ele.
*Pq um saco que carrega um saco, não é pra qualquer uma.
*u.u
marcosdotempo.blogspot.com diz (12:03):
*A mamae noel é uma besta que acredita, todo ano, que vai ganhar uma lipo, um laptop, um celular com bluetooth... e só ganha agenda!
tai (writing) diz (12:03):
*não perde, eu vou por as fotos do natal em familia ahaha
tai (writing) diz (12:04):
*risos*
marcosdotempo.blogspot.com diz (12:04):
*Papai Noel não tem um saco grande, tem um pau pequeno!! (6)





*Vinha eu aqui postar um texto bonito e tocante sobre o natal, mas não sai nada sim NA-DA. receio não saber mais escrever. Mas no meio do caminho dou de cara com isto.
beijos e obrigada.
sim, feliz natal. :)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Brilhe.



Ao infinito e além... O ponto mais distante é o mais bonito, mas não me dei conta o quão próximo do ponto distante  poderia estar. Que pontos distantes não existem, o distante é distante, o próximo é mais real.


O distante é muito longe pra poder pensar nele. Penso no agora que, sim, é o mais importante. Aquele ponto brilhante, no que cegamente acreditava ser o final, me cegou, de fato, tanto que mal pude ver que havia caminhos falhos até ele. E caí, tropecei me ferrei mesmo.

Por pouco, pouquíssimo não virei às costas e fui-me embora jogando tudo para o ar e xingando quem ainda ia à diante. Mas pra trás, pra trás não se volta. Não se anda de ré nessa estrada maluca e incerta.

Mas estar absurdamente perdida e sem a menor iniciativa para um rumo é de desesperar. Não tinha uma válvula de escape. Era isso, ou era isso. Não tinha escolha. Continuar em frente apesar dos pesares era a única alternativa sensata. Ou talvez desse tchau pra essa estrada e voltasse quem sabe um dia, em outra menos conturbada.

De certo que qualquer atitude seria precipitada se não pensasse.

Sentar e pensar me rendeu algumas porradas de quem passava pelo caminho e boas reflexões.

Num dos tropeços que levei por tabela, olhei para a única parte que jamais tivera prestado atenção: eu.

Olhar para si rende um bom susto quando não nos damos conta do que somos. Pois eu, eu brilhava tanto ou mais que o ponto distante e brilhante que sempre tentei chegar perto. E me dei conta que o ponto aquele mais brilhante no final do caminho era a penas e nada mais que o meu reflexo. O resultado de tudo que eu tinha e era. E que jamais o alcançaria, pois não o enxergava diante do meu nariz.

Então continuei ao infinito e além, mas sem perseguir mais nenhum ponto brilhante no final. Apenas o admirava brilhar mais ainda a cada passo que dava a cada conquista, a cada vitória e tropeço. Sim, eu crescia com os tropeços, pois levantar deles é, às vezes, mais recompensador que não cair.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Trois e um boteco.

Nós três e um boteco.

Tínhamos milhões de coisas pra fazer, mas algumas se tornaram absurdamente importantes. Sentimentos, palavras e boêmia. Só não falávamos também de comida porque era pedir demais durante a mastigação.

Éramos três pessoas distintas e de alguma forma parecidíssimas. Três artistas falidos na mesa de um bar (não era bar, mas assim soa mais poético). Três apaixonados escritores sem eira nem beira comendo pizza e reclamando de dores e amores. De nada parece estranho, um tipo bem comum. Artistas falidos e apaixonados.

Mas podemos prestar bastante atenção que alem de apaixonados, apaixonantes são. Poderiam escrever, mas o local não agrada. Ai que chegamos à questão. Precisamos de um boteco com cara de velho e musica boa.

Porque um diz que 'barzinho chinfrim é nojento', já a outra tem paixão por musica e precisa absurdamente disso pra escrever, ritmo. Ah sim a terceira da história... a terceira da história concorda com tudo isso, mas assumo que é a mais boêmia dos três e um bom boêmio não tem muitos problemas com local.

Daí, eles tiveram uma idéia. Um boteco, bonito, agradável e divertido. Um boteco de vinhos, um boteco de músicas, um boteco moderno.

Um boteco dos três.



Post de bem vinda de volta. Prometo não abandonar mais o blog e ele volta coma freqüência anterior.

Sim, claro, dedicado à duas pessoas bem boas, Elder e Rê.

sábado, 28 de novembro de 2009

volto logo.

hora do recreio.
Peço mil e quinhentas desculpas, mas sou uma pessoa semi-sem tempo (ballet + espetéculos + provas + provas + espetáculos ) pra nada estas ultimas semanas. Por isso não tenho dado a atenção devida.


Volto logo, como sempre.


té mai.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Carta ao cliente.

Senhor,

Escrevo-lhe para informar acerca da peça que você nos devolveu. Como é de seu conhecimento ela estava bastante danificada. Alguns a julgaram perdida. Porém fiz o possível para recuperá-la. Embora não o suficiente para ficar perfeita como foi adquirida.

Para maior esclarecimento vou informar-lhe dos detalhes.

A peça foi adquirida em perfeita ordem, porém com um mês de uso nos foi devolvida com vários defeitos. Minha equipe fez o possível para recuperá-la. No mais deixamos em grande parte perfeita. Mas algumas funções foram perdidas.

Em relação à montagem, foi feito o possível. E até nos arriscamos usando técnicas amadoras e outras mais conhecidas da equipe também.

A sua peça: n° único; série limitada – motor de bombeamento e fundador de sentimento/coração. Chegou a nossas mãos com os seguintes danos: Carcaça comprometida em mais de mil pedaços; graves danos na área de projeção sentimental explanada; curto no sistema de relacionamentos e confiança; alagamento no bombeamento de felicidade; resíduos de lixo e suspeita de mau uso.

Nossa equipe conseguiu com muito esforço colar mais de mil pedaços da peça, usando até cuspe, cola e chiclete. Mas sinto lhe informar que algumas áreas foram afetadas e os danos foram irreversíveis, que foram: o sistema de relacionamentos e confiança e a suspeita por mau uso que afetou a peça por completo.

No caso do sist. De relacionamento e confiança sinto informar que não teve solução. Está afetado para o resto do tempo útil da peça. Embora suspeitemos que algum outro tipo de curto possa fazer voltar aproximadamente ao normal, mas quero deixamos claro que pode ser EXTREMAMENTE PERIGOSO, pois há chance de afetar a peça de vez.

Já em relação ao mau uso da peça gostaríamos de lhe pedir que leia o manual que acompanha a peça. Ele pode ser aparentemente complicado à primeira vista, mas depois de um tempo será de fácil entendimento. Porém por medida de segurança sua, mas em grande parte da peça (que como é de seu conhecimento é único e da série limitada), ficará conosco para observação. Mas por ser um cliente especial  tivemos o cuidado de preparar um histórico de melhora que entregaremos em suas mãos. E também uma cópia do manual de uso. Pedimos encarecidamente que leia-o com atenção para que não se repita os mesmo erros de armazenagem e uso da ultima vez.

Atenciosamente

Equipe de recuperação sentimental.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Todavia tudo certo, mas



Tudo certo, tudo lindo. Poderia sim. Você é. Eu também quero, mas... Mas é esse "mas" que me dói. Não termine a frase, não ponha, mais uma vez, pra fora toda essa ladainha de que: poderia sim, mas. Mas alguma coisa não é.

E já a ouvi mil vezes e mais mil vezes. E seria apenas mais uma vez. Mas, mas, mas, mas. Fiz uma coleção deles ao longo dos anos. Não sei mais o que fazer com eles.

Gosto, mas...; Está tudo certo, mas...; Eu queria, mas... Mas, mas, mas

Sempre há um "porém" pra não ser o que antes parecia, enfim, perfeito.

Prefiro que não me diga mais um deste, eu prefiro acreditar que era tudo impossível e estava tudo errado, que não daria certo e tudo mais. Melhor que ficar dias perguntando-me inutilmente o motivo. Por que diabos esse "mas" vou se meter na nossa história.

Não quero mais essa coisa de "mas" e "porém".

Eles são sacanas, te deixam com a idéia de que faltou algo.

Tudo sim, mas por que não?

Mas, mas, mas, mas, mas, mas... Mas e agora sou eu quem não quero mais. E sem mas nem porque.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Torta

Posso escrever sobre tortas, mas tortas, pra mim, são apenas algum tipo de comida sem graça. Prefiro bolos e pães. Ou tortas são as pessoas que não são direitas. Seria então falar da grande maioria. Eu sou torta, você também. Todas as pessoas de alguma forma são tortas e alguns rotos também.

Tortas, quanto comida, me deixaria com fome, e estou de dieta. Então falo das pessoas todas, e tortas. Torta da coluna, das idéias, dos sentimentos, dos pés, da perna. Torta de tudo que é jeito, de chocolate... Mas falava de pessoas... Tortas, porém pessoas.

Tem torto, ou melhor, torta de tudo que é jeito, em todas as partes. Tem umas que nem fazem mal; têm outras que não se nota e outras que tem isso tatuado.

Embora sejam pessoas, elas são comidas. Ora, claro que são. São tortas as pessoas, então são comidas, sim. Eu já fui comida, você também... Não se engane.

A sociedade nos devora e a vida também.

Somos tortas para a vida faminta de sabores diferentes. E repito, embora pessoas sejam tortas e temos sabores e que sabores... Amargos, ácidos, doces e por ai vai.

Eu sou uma torta uma torta agridoce e você que torta é?
e que fique claro, como comida tortas são absurdamente sem graça. Já como gente... São uma maravilha.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Como um palhaço.

Faço por vezes e como profissão as pessoas felizes. Mas de cortinas fechadas frente ao espelho, daí após dia quando tiro nariz e peruca, sinto a melancolia voltar e assombrar meus sorrisos.

Trago sorrisos a vidas de outras pessoas por não mais possuí-lo na minha. Que há tempos se foi, deixando pra trás um corpo frágil e um coração vazio. Aprendi a tirar graça da minha amargura; dos dias, as brincadeiras e das crianças a felicidade.

Vesti colorido para sabotar um preto e branco... Ou melhor, um quase cinza permanente e imutável. Pintei o rosto de colorido e feliz para maquiar um semblante marcante e melancólico que por trás dos palcos se desfaz em sentimento.

Aprendi com os dias a fazer os outros sorrirem, pois a mim não lembro como se faz. E por mais que mostre meus dentes, amasse as bochechas contra as orelhas e enrugue o canto dos olhos... Pode até parecer, mas não será um sorriso, não será felicidade. Desaprendi o sentimento.

E os outros sabem rir, embora alguns como eu, e outros bem felizes. E os faço rir. Nem que precise jogar-me de encontro ao chão e ficar pateticamente estatelado até ouvir uma sonora onda de gargalhadas. Faço isso por mim, por poder ver que ainda pode ter felicidade, mesmo que eu não saiba mais como ela é.

Como um palhaço, agora melancólico, termina meu dia sem pintura, sem nariz, sem cor, sem riso... sem vida.

Votem!

Votem em mim, galera!
Seguinte, tá acotnecendo essa coisa toda no site dos blogs paraenses (eee \o/ ), mó legal.
Meu blog tá concorrendo, se não for pedir muito. quem conhece e gosta do meu blog VOTA LÁ.
Mas tem que fazer um cadastro rapidão pra votar, é tem! Eu sei é meio chato,mas como todos vocês são legais eu sei que faram isso por mim. S eu ganhar eu lembro de todo mundo na hora faço uma lista agradecendo
hahaha


Muito obrigada gente!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Por tanto esperar.

Esperei um tempo de felicidade.

Esperei dias, esperei tanto e por pouco não me definhei de esperar.

Esperei pouco tempo, mas perdi muito por esperar

Por tanto, portanto.

Mas que seja... O tanto é tão pouco que nem precisa esperar.

O tanto que tenho já me faz caminhar.

Não vou correr apenas deixar de esperar.

O tanto que tenho me faz correr.

Especialmente no dia de hoje

Que vejo que o tanto é muito perto do pouco que esperei.

Que se mais espero o meu tanto pode, portanto, se definhar.

domingo, 25 de outubro de 2009

Time


Vou indo, mas logo volto.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Por medo.

Eu andei pensando. Pensei e entendi que a questão é mais egoísta do que eu podia imaginar. Não é pelos outros, é mais por ti. Por medo. Medo de te trair. Sim, meu bem, única e exclusivamente por ti, de ti, a ti e mais ninguém.

O que me deixa triste é saber que uma pessoa pode transforma o que já foi (entende, já foi) tão bonito em algo tão podre, tão triste...

O grande problema disto é afetar os outros. De tão egoísta que se torna a situação acaba respingando um pouco nos outros. Se não fosse tão assim a ponto de pensar no que pode acontecer com tantos medos enxergaria alem do umbigo.

Eu sei, eu sei, eu sei.

E não me venha dizer que a questão é utópica. Pois não, não é. E a clara visão do medo. Medo de poder ser feliz novamente. Medo de por algum motivo superar o passado. De viver o presente. De viver a própria vida e deixar o que passou no passado. Na memória.

É duvidar da capacidade de outra pessoa ser especial. E duvidar é vangloriar uma única pessoa como se não pudesse haver ninguém tão bom quanto.

É covardia, meu bem. É típico. Covardes se escondem dos seus medos, fogem, ou de alguma forma se matem longe dele.

Não sou a representação da coragem, mas já lutei contra um medo ou outro... E até que me dei bem.

E tu... Tu tens tantos medos que já tem medos dos teus medos. Medo de superar. E de tanto temer acaba por cair profundamente nos teus medos. Como uma armadilha.

Só queria meu bem, que você soubesse o quanto eu quero que supere os teus medos. Do jeito que eu supero. Pois eu vou tu superar, como superei outros. Enquanto tu ficarás ai estagnado num tempo parado e sem volta. Tropeçando em quinhentos sem nem dar a chance de ninguém provar o quanto é especial também. Por medo, por covardia... Egoísmo de achar que é melhor, é mais digno para fazer valer o que passou ficar assim semi-feliz tentando de alguma forma refletir um pouco do que foi no agora. Procurando em tudo um reflexo do que passou.

Como procurar o seu reflexo num espelho sem aço.

Meu bem, só quero que superes. E entenda, ainda vou ter uma boa mão para um cafuné e um bom abraço pra te dar.

Dê-se essa chance, nos dê uma chance. O mais digno que você pode fazer pelo passado é ser feliz no presente.

Imagino-me sentada e bêbada olhando a cena de felicidade alheia. Com um cigarro quase queimando os dedos. De rosto quase lavado, embora a maquiagem borrada nos olhos, de tanto que choro. Enterrada e travada numa mágoa, profunda e intensa, de te ver e não comigo. Decadente sozinha. Imaginei.

Bobagem, bobagem, bobagem... Já passou.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Óculos colorido

Hoje saí pelas ruas de uma cidade diferente. Ela parecia mais colorida. Nem me irritei ao passar por dois bêbados cantadores. Talvez tenha os ignorado por estar ouvindo outra música.

Certa hora tinha que me segurar um pouco para não parecer uma louca saltitante. Ria um pouco sozinha, já aprecia suficientemente louca. Mas pouco me lixava. Bonito e feliz de fato, não digo perfeito. Isso não existe, mas eu gostei assim mesmo. Podia reclamar, mas com um sorriso no rosto.

Não estava tão fresco quanto queria, mas eu não ligava pra isso também.

Mas o que me deixava feliz era saber que eu estava no controle de novo. Sem medos e receios e travamentos. Tudo certo.

Embora soubesse que depois... Ah, quer saber, depois é depois.

Quando cheguei a casa tirei os óculos. Notei... Notei que nem tava tão bonito assim. Nem era culpa dos óculos. Só eu que estava livre, só que agora eu podia ver melhor. Sem barreiras nem nada.


 

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Relógio.

Eram uma e alguma coisa, já estava esperando.

Normal como sempre, olhava pelas janelas de todos os quartos. Ouvi meu nome, longe, bem longe. Saí correndo com palpitações. Cheguei à sala em segundos, ou menos, quase cuspindo os pulmões. Mas nem era nada, era só a TV falando mais do que devia.

Voltei para qualquer um dos postos de espera. Esperei, esperei, esperei e mais uma vez, esperei. Dormi, acordei, comecei a ficar com raiva. Já passavam das três e nada.

Voltei, sentei no meio do nada. Pensando em nada. Calada. Vi uma gota no chão... Até olhei para cima, numa tentativa de enganar-me. Podia ser uma goteira, me divertia. Mas a única coisa que pingava era eu que vazava a raiva pelos olhos.

Mais um pouco podia nadar na minha raiva, na minha mágoa.

Voltei a esperar, respirei e esperei. Esperando e tanto que nem lembrava mais o que esperar.

Voltei a sentar e olhei desta vez, no espelho. Ainda vazava raiva molhada pelos olhos. Não era raiva de segundos ou terceiros. Era minha só. Apenas, mais ninguém. Raiva de ter me rendido, de jamais ter aprendido a jogar, de sempre cair nas armadilhas, minhas próprias armadilhas.

Já passavam exatamente vinte e quatro, das cinco. Já chega, enxuguei lágrimas, raivas e mágoas. Corri para o banheiro, tomei um banho, um bem gelado.

Estava cansada, mas revigorada. Não ia mais esperar. Vou fazer-me este favor de sumir... Sumir um pouco só. Como semi-invisível. Não quero pessoas. Só quero a mim.

Chega de esperas. E de vazar raiva pelos olhos. Pois eu prefiro bastante cuspir felicidade pela boca.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Então... Se for assim, me prometa algumas coisas.

Não é bem um acordo é apenas um bom entendimento. Então prometa que não vai falar de mim. Apenas, daqui para frente esquecer. Passar uma borracha. Se for falar do passado pra outros, como falavas pra mim, apenas pule. Pode lembrar, mas pule a minha parte. Não quero fazer parte de lembranças de outros.

Se for ser feliz, por favor, longe de mim. Ainda quero a sua dor, aqui agora. Se alguém for feliz primeiro... que seja eu.

Não me pergunte se eu to bem. Não, não hoje.

Ele gritava pra si todos os dias:

- To no limite do abuso!

Mas todo dia dava-se conta que esse limite ganhava novas medidas sempre e sempre. Por que não abusa de vez?

Ele estava mesmo e apenas no limite, todos os dias.

domingo, 18 de outubro de 2009

Não se engane. Não se engate. Não faça nada que te estresse. Não

Não se abuse. Não se mate. Não. Apenas não!

Nada de fugas, escapes, apenas.

Não se torture, não

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dieta de pães

Então, já era rotina nas minhas retinas. Coisas simples acontecem assim. O que ontem não era hoje é. Não comia pães, agora os como de monte. Sempre assim... Rotina nas retinas. Costumes acostumados.

Não sei bem o que pode acontecer no dia que parar de comer pães. Não vou cair em tentações de substituí-los por doces, seria covardia minha. Super covardia minha.

Vou deixar os pães de lado, posso me acostumar. Não os comia antes, porque agora não consigo me imaginar sem os tais.

Lembro que antes dos pães apenas comia aquelas coisas, mas agora como aquelas coisas e pães. E como comia pães.

Mas agora dei um tempo com pães. No começo foi difícil. Só de imaginar isto já me dava calafrios e dores no estômago. Tonturas e eu até perdia o eixo.

Ai, hoje, acabou o pão. Não fui comprar mais. Até olhei para o outro lado da rua pra, pensei em atravessar. Mas lembrei que antes passava tempos sem pão. Não fui; não comprei. Achei estranho na hora, demorei alguns minutos pra por a cabeça no lugar.

Fiquei uma hora, uma noite, um dia. Surpreendi-me quando cheguei ao final de um dia sem pães. A cada hora me lembrava de pães e o quanto gostava de comê-los.

Fui deixando de lado, me ocupei um dia e passei horas sem lembrar de pães.

Não era mais meu costume, não comia mais pão. Não por agora. Perguntaram-me se trocava os pães por alguma coisa pra não ficar tão sem nada.

Daí eu disse que não, pois antes não havia nada e não há porque fazer isso agora.

Se eu sinto falta do pão? Agora sim, depois? Não sei.

Se eu trocarei pães por doces? Não, não... Não sei, quem sabe. Talvez me acostume com doces... Lembro-me de ter visto um pão doce. Um meio termo que tal?

Mas não, não sei de muita coisa agora. Só sei que não estou comendo pães. Não agora. Vou me desacostumar. Fazer outra rotina, outros costumes.

Um dia quem sabe volte para os pães, ou doces, ou pães mesmo, ou qualquer outra coisa.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Enfim.

E eu acho absurdo ter o bom na memória e ter de fechar os olhos, para então assim, sorrir. É absurdo não ter o que tenho, ou tinha, nos braços, nas mãos... Apenas e somente na memória. Sorrisos de fotos, vozes distantes, lembranças, somente.

Como é absurdo tudo isso, prefiro que absolutamente verdade fosse. Não que não tenham sido um dia, mas verdades passadas tornam-se apenas histórias.

Historias são historias, se distorcem, esquece e somem. Viram contos de um tempo que vai ficando cada dia mais longe.

Não quero longe, quero perto, quero agora.

Quero apenas abrir os olhos e sorrir assim como sorria nas lembranças.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Agonia.


O que te irrita? Um espinho ou uma espinha?


Como uma flor que é bonita, bonita e quando tentas, por fim, senti-la ela te tira o sangue pele a fora.


O que te incomoda?


Um elefante, uma pedra, ou uma falta de meios para não ter controle?


Como saber e deixar, apenas, o barco correr.


O que te irrita, o que te incomoda, o que te faz coçar o corpo de agonia?


O que te deixa sem palavras... Como falar, ou não, tudo o que se quer. O que te deixa para quase arrancar os cabelos.


Como quere inverno no verão e chuva no deserto.


Ou metáforas de uma manhã preguiçosa que, por, mas poéticas que sejam te irritam por serem metáforas e não falarem nada e nada ter para falar.

E irrita, vestido que cai. tomara que caia, caia, caia... caindo e sobe. cai e assim. não para. isso te incomoda? Pois devia, ele insiste em cair.


Sem palavras.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dedicado.



Não sei exatamente o que escrever. Embora saiba perfeitamente usar as palavras, não sei ao certo em que encaixá-las. Do que falar, mesmo sabendo de quem falar. Talvez faça um pequeno conto transbordando de metáforas com algum final bonito e tocante pronto para pegar um lenço e chorar afogando-se num pote de jujuba (Ah, lembra, eu sempre faço isso... Isso de me afogar num pote de jujubas.). Mas não é isso. Não é real o suficiente.

Também... Também não quero alguma coisa que choque a sociedade, ou o mundo com pontos realistas e cruéis do tal 'hoje em dia e sempre'. E isso não tem nada a ver com o que falar, pra quem e de quem. Na verdade, não sei nem se é exatamente isso que eu quero falar.

Acabei de lembrar-me de algumas coisas, sabe...

As coincidências, o gosto em comum. Posso falar de todas elas. Gostos em comum dão muito que falar (podia falar o quanto eu acho legal aquela blusa da caverna do dragão, ou da afeição por all star.). Acho que ficaria chato meio sem graça certa hora.

Posso, então, falar o quando eu acho engraçado existir outra pessoa no mundo que fique tão absurdamente impressionado com mãos e pés. Mesmo que eu não seja a melhor pessoa pra falar de pés bonitos ou feios, enfim. Mas até que minhas mãos são legais. Mas se falar disso, vou acabar falando de outras pessoas.

Já usei muitas palavras, mas ainda não consegui chegar a lugar algum. Ainda não sei ao certo que falar. Mas não por falta do que falar, e sim, por muito que falar, já.

Acho que vou falar da minha capacidade de confundir as pessoas com a minha confusão. Não, né?! Acho que eu posso deixar alguma pessoa louca só de ler as primeiras linhas.

E agora beibe, o que há para eu falar, te falar.

Posso começar a exagerar em tudo, com essa coisa de alma de artista que tem por aqui, até chegar à pieguice. Melhor não, também. Sem metáforas, sem exageros, ou pieguices, não falar dos outros...

Então vou falar de noites mal dormidas por conversas divertidas; De horas de assuntos intermináveis, de falar abertamente de não ter medo, não muito, de tudo. De alarmes disparados e perguntas difíceis. De queixas, risos e cachorros... Bagunças e livros; Musica e dança; Passados conturbados e vida acadêmica; De all star preto de cano alto e um branco e pouco usado; De cócegas; Do perigo do desconhecido e da loucura de estar próximo a uma 'pseudomaníaca'; De dança e direito; de atraso de comunicação; De que eu não fiz nada mais alem de citar tudo, e o quanto eu tenho certeza que tu vais rir quando ler e lembrar. De que memória e a realidade fazem mais jus a tudo do que as palavras. Isso porque não falei de dentes, barbas, unhas e colírios.

O quanto eu acho isso muito engraçado e nem sei explicar. Meio sem mais nem por que. Um tanto de bom um tanto de perigoso. Um pouco incerto ainda, mas de qualquer forma seguro e atrapalhado. Um pouco de sinceridade e graça, o que mais se pode querer? Nada mais de 'meio sei lá'. Pouco tempo (relativo) e muitas coisas, embora ainda um pouco desconhecido já haja muito que se sabe. De fato há muito não escrevo a outros, mas a pedidos (leia-se: exigências) o fiz. E no fim quem agradece sou eu, com essa meu 'a flor da pele' artista transbordei o que falar. E por fim... Obrigada por eu te conhecer, conhecendo... E lembra quando perguntaram sobre ser especial? Sim, é... Ta sendo. Por fim, onde não havia palavras agora há.


(mesmo enferrujada de 'dedicados', tai como prometido. rs)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Não eram.

Tem uma pulga aqui.

Não, não é apenas uma. Tem umas três no mínimo. Ou mais...

Não vou parar para contar.

Saco! Essa me incomoda mais. Essa pulga está, de fato, me tirando do serio.

Acho que vou matar. Não consigo.

Não tenho certeza... Será mesmo uma pulga? Parece ter asas.

Será que se eu chegar mais perto eu consiga ver melhor?

Vai parar de incomodar. Ah, mas tenho tanto, mas tanto medo.

Não tenho forças pra chegar perto.

Acho que vou dormi... Mas se vierem pra perto de mim? Não quero bichos aqui.

Certo! Uns três passos largos. Acho que chego perto.

Um, dois, três.

Borboletas! Como se confundem pulgas com borboletas.

Não tenho medo de borboletas. Só um pouco, não muito.

De pulgas eu tenho. Mas com borboletas eu posso dormir sem perigos.

Tudo por um besta medo.

Histórias se repetiriam, perderia mais uma noite de sono, medo. Que besta

Não eram pulgas,eram borboletas.


 

domingo, 27 de setembro de 2009

depoimento

Como escrever um depoimento pra ti quando dominas tão bem as palavras e eu não tenho habilidade nenhuma com elas? Eu espero que a sinceridade nesse caso seja suficiente, pois é tudo que eu posso te oferecer.
Para qualquer um que te conheça é fácil notar que tás longe de ser uma pessoa comum, e para todos que buscam alguém “normal”, é porque já abriram mão do excepcional. Do momento em que eu te vi pela primeira vez eras a famosa “gêmea”, logo se notava que amavas o ballet e isso era a tua vida, o que sinceramente é lindo. Depois descobri que também escrevias e me impressionei com a facilidade que tinhas te tornar uma idéia simples ou repetida em algo tão leve e interessante. Com isso deu pra perceber que tavas naquela classe especial de pessoas que pouquíssimos alcançam e os que alcançam de certo tem dentro de si a grandeza potencial, entendi que eras uma artista, e não há discussão ao afirmar que a arte é a maior conquista da humanidade.
Mesmo sendo integrante de um grupo tão seleto, que muitos se consideram parte, mas poucos realmente o são, não usas isso como desculpa para ser arrogante ou te considerar acima de ninguém. O que te torna incrível de mais outra maneira, por isso eu é tão difícil expressar o orgulho de me considerares teu irmão. Mesmo a gente não se vendo freqüentemente (ou nunca...) a irmandade fica, eu gosto muito de ti e era mais ou menos isso que eu queria dizer no depoimento.

(viu, nem ficou tão ruim... é de familia!)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Alguns tantos.

Data incerta*

Querido destino,

Então... Hoje eu estava de olhos fechados lembrando-me de amores passados. E já se foram tantos. Arrebatadores, intensos, secretos, explícitos.

Lembro-me perfeitamente de cada um deles. O quanto me parecia vital no momento, e o quão fácil eu os esquecia. Uma sucessão de amores... Amores eternos, talvez. Coração na boca, sorrisos, medos, declarações, lágrimas e fins. Eram sempre assim... Alguns mais curtos outros mais duradouros; de qualquer forma intensos.

Tantos rostos, mas o mesmo sentimento. De fato não sei se o que senti fora amor. Como pode uma única pessoa amar tanto e tantos. Não sei. Talvez não fora mesmo amor de verdade, apenas algum tipo de encantamento.

Este sentimento viciou. Acho que sem isto – o tal amor – os dias ficam sem graça. Embora muitas vezes me tire do sério, não acho tanta graça viver sem um coração acelerado.

Mesmo que lindo, nem tudo são flores. Eu sei destino, eu sei. E para quem não sabe, alguns amores viram dores (pra não perder a rima), deixam marcas que, às vezes, não querem sarar.

Não me queixo de amar demais, sabe. Acho tão lindo o amor. Ainda não sei se já parei de amar, se estou amando, e quem ou quantos ainda vou amar. Nem quero pensar nisto ainda. Posso, ainda, esbarrar em muitos, ou não, até encontrar um que me prenda pra valer. Que um dia eu vou declarar sem medo. Até lá vou amando amar...

Não me queixo de amar. Já disse isso, não é mesmo destino? Só tenho pena dos que não o sabem fazer. Amar não é fácil (ou talvez seja mais simples do que pareça), às vezes demora, outrora é rápido demais. Entretanto sempre forte intenso e bonito.

Arrebatador este tal de amor. Não é à toa que ache tão lindo senti-lo durante tanto tempo e por alguns tantos homens. E grande parte é sua... Culpa, digamos assim, destino.

Um grande beijo, e até a próxima que eu vier te falar de amor.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

desconhecer




A incrível arte sedutora do desconhecido. A capacidade de fascínio, encanto. O não saber, o revelar. Às cegas, ou quem sabe, de alguma forma a enxergar de fato.
O que intriga é querer saber, e por mais que saiba o querer saber mais. Afinal quando se sabe o bastante para se dizer bem sabido daquilo? Será que tudo é tão quadrado a ponto de ser concreto até o final e, uma hora, saber de tudo?
Eu, isso, esse, aquilo... Tudo é tão subjetivo que mesmo com livros, documentos e explicações ainda restam pontos cegos. Estes me intrigam. Mas mesmo assim ainda há alguma coisa a se conhecer alem do que se sabe.
O desconhecido é tão constante que embora você julgue se conhecer sempre há uma parte que permanece em segredo. Inclusive para quem o possui. Se somos desconhecidos de nós, o que dirá dos outros.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O namorado da Maria Lúcia - 2

A cantada?

Hoje Malu só queria mesmo sair e se divertir, sem cantadas, sem pudor, sem um monte de coisa que ela, apesar de acostumada, não achava muito divertido. Ligou para todas as amigas, aquelas de todas as horas, festas e conversas. Não sabiam muito bem o que fariam hoje, uma quinta-feira daquelas. Depois de muito tempo Malu sugeriu a única coisa que poderiam fazer fora de casa em que elas, principalmente a ela, não correriam tantos riscos de serem atacada ferozmente por machos insaciáveis (ok, sem bilhetinhos, chagadas e afins.): karaokê!

Malu e suas três amigas foram como sempre muito bem vestidas, o que era de se esperar. O engraçado era que, não era o fato de Malu ser mais bonita que as outras, pois todas pareciam da mesma safra de beleza. Mas havia na Malu alguma coisa a mais, talvez ela tivesse mergulhado em algum tipo de poção, ou tenha sido feita com um pouco mais de amor, não sei explicar. Só sei que perto da Malu o resto ficava meio sem cor.

Elas apenas queriam sair beber e cantar. Cantar era umas das coisas mais divertidas pra Malu. Onde ela encontrava uma coisa que ela sabia que não agradaria a todos, certeza. Beberam umas e muitas, e Malu já ia cantar pela terceira vez. Subiu ao pequeno palco do bar, escolheu aquela música, "Escrito nas estrelas" (sim, aquela com vários agudos da Tetê Espíndola). Malu, já estava ficando desajeitada, um pouco descabelada, mas continuava um charme. Ela saiba que cantar essa música, a esta altura, era um suicídio social, seria uma cena bizarra. Mas era isso mesmo que ela queria, achava divertidíssimo.

Antes que a música começasse de fato, Malu olhou pro lado e viu um carinha engraçado que mais parecia ter saído de um filme dos anos 50, todo arrumadinho. Ele ficava na sessão de vinhos, sabia tudo sobre isto. A música começou, Malu soltou as primeiras palavras, quem não sabia o que estava acontecendo podia jurar que ela pretendia destruir o mundo com a voz.

Embora desafinada Malu, já ouviu vários elogios galanteadores no local. Quando terminou a musica desta vez, porém, ouviu uma risada abafada vindo da direção dos vinhos.

- Qual o problema? – ela perguntou como, de brincadeira, desafia.

- Ah, nenhum. É que, você... Você canta muito mal. – Pietro notou imediatamente que talvez tivesse falado demais. Como num soluço engatou logo: Desculpa.

Malu passou alguns segundos olhando aquela figurinha, até então insignificante e sincera, no local e de alguma forma ele a cativara e agradeceu:

- Obrigada.

- Como? É que de qualquer forma, você é tão bonita, mas tem uma voz insuportável. Eu fiquei um pouco chocado. – ele disse ainda tímido ajeitando os óculos e alguns copos que quase derrubara antes.

Eles riram juntos.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Nem tudo


E tudo que é bom tem seu, mesmo que pequeno estorvo. Não reclamo. Quer saber? É até bom, tudo que é bom demais dura pouco, cansa, fica chato e monótono. É bom ter uma barreira a vencer, um obstáculo, um desafio. Essas coisas são divertidas até, juro.

Não vou dizer que não goste de tudo muito bom, mas particularmente, me cansa. Vencer um obstáculo é um prazer quase sexual.

Eu gosto dos meus estorvos, gosto de passar por eles, gosto de saber que ali na frente vai ter outro diferente. Gosto dos obstáculos, mas eu tomo cuidado. Há desafios e há torturas.

Não gosto de me torturar por coisas que não tem mais jeito. Não pecar o seu tempo como que faz mal. Mude o rumo, vão por outras barreiras, clareiras, roseiras (sabe... eu gosto de rosas.).

Nem tudo que é bom é tão feliz, nem tudo. A felicidade pode estar no sentir-se capaz.

Faça-se capaz, adote o seu estorvo como troféus de desafios já passados. Não se queixe de ter barreiras e desafios, passe-os. Se for para queixar, se queixe da 'falta de', pois isso geralmente é falta de felicidade.

filosofia do meio dia

Parar no meio da rua.
No meio da correria da vida, pare...
No meio da rua



(por Fernando Mendonça, meu irmão por parte de gemea)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Menos 345kg hoje. O exame já passou. Agora só resta saber se eu passei, haha

Sarcasmo de lado, a semana foi tão tensa que eu não tinha forças pra escrever e tudo mais. Agora tá ficando bem melhor.
Desculpem o abandono. Eu vou postar ainda essa semana, quiçá hoje.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Meus filhos vão perguntar qual foi a minha época.

Até a um tempo eu não saberia responder. Ou então seria melancólica e diria que foi um tempo que eu não vivi. De fato isto ainda não mudou... Muito.

Posso citar inúmeras coisas a cerca de tempo, moda, música e pessoas. Não nego que sempre tive um pé no passado e outro no que eu chamo de 'quase-futuro'. Sempre achei que poderia muito bem viver hoje com roupas e costumes de ontem NUMA BOA. Mas, de fato, nem tudo contribuía. Talvez um medo de ser apontada, afinal eu só tinha onze anos de idade quando eu descobrir essa afinidade com o 'não-agora' exatamente.

Foram passando os anos e outras coisas me prendiam. Social, dia-a-dia, circulo social e por ai vai.

Ok! Cheguei ao meu estopim! Não agüentava mais. Nem eu sabia o que era direito. Cheguei a ouvir músicas que me desagradam, lugares sebosos, pessoas insuportáveis... Não vou me prender nessa lista.

Precisei de uns quatro meses para me desintoxicar. Foi um processo árduo e de escassez. Calma! Eu não passei fome e nem fui a nenhum centro budista, nem nada disso. Só fiquei trancada em casa (leia-se: escola, ballet e casa) me estudando.

Certo, não foi uma coisa muito espiritual, tampouco material. Foi divertido, ou melhor, é divertido. De fato a gente se conhece mais a cada dia que passa, mas tem algumas coisas que não mudam. Digamos de um tipo 'eu sou assim, porque nasci assim'.

Então, se/quando eles me perguntarem eu vou ter resposta, fotos e músicas pra mostrar. Vou dizer que sim poderia ter vividos uns quarenta e poucos anos antes, mas que eu não me frustro. Afinal eu consegui adaptar bem o eu queria ou que eu tinha. E que não me importava se me olhassem em alguns lugares e perguntassem se eu havia acabado de sair de algum tipo de máquina do tempo.


PS: quem se perturbar por ver tanta pessoalidade, tanto desabafo no meio de tanta 'love story' e 'semi-arte escrita de uma amadora'. Desculpa, eu me entendo escrevendo.

domingo, 13 de setembro de 2009

Flerte - final


Já era o segundo dia que ela não o via. Estava aflita. Ela não sabia o que acontecera. E se ele estivesse doente? Se estivesse pior que isto? Se tivesse esquecido-a? Mas, ao passar o olhar pela décima vez, na sala ela foi surpreendida. Ele a pegou numa posição inegável de procurava algo.

Ele não entendia por que, mas ficou tímido quando percebeu que se encaravam. Eles riram. Ele pensou um pouco e decidiu sentar-se mais perto dela.

Eles não se davam conta do quanto era perigoso se aproximarem demais. Mas agora já estava montada uma doce e perigosa bomba-relógio...

Ela sentia que podia atirar-se nos braços dele; então falou do mundo. Ele queria segurá-la mais perto e então falou de alguma matéria alheia.

Ele se esforçava para não reagir aos seus instintos e continuar uma conversa. Ela temia o silêncio e preenchia cada lacuna com mil palavras. Os dois sabiam o que viria logo, logo.

Ela já tinha que ir, ele já não se dava conta das horas - neste tempo de conversa e aproximação era notável que alem de tudo ainda nascia uma amizade. Agora não eram somente um homem e uma mulher. - Então ela disse 'tchau'; ele apenas respondeu. Ela virou-se. Ele a chamou de volta e, como um raio, e virou de volta. Ele riu. Como grandes e poderosos imãs eles se aproximaram.

Quem olhou, provavelmente sentiu alguma coisa diferente no ar.

Ela sentiu o cheiro dele. Ele sentiu a pele dela. Eles chegaram mais perto, ainda, e sentiram algumas coisas entre explosão, frio na barriga e calor.

Ele teve certeza de que tudo que imaginava se resumia naquele beijo. E ela, confiante, sabia que mais uma vez ele estava no seu controle.

Neste momento os dois sabiam que este era o melhor beijo que tiveram e que não seria o único. Mas caso fosse. Seria o único todos as vezes, todos os dias, todas as noites e para , sabe-se lá até quando durar, sempre.

Os dois jogaram e ganharam o jogo do amor no tabuleiro da paixão.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Aviso. hihi

Então... Faltam duas semanas pro exame. Eu to pra surtar, porém bem feliz. Meio, ops...bastante sem tempo, to aceitando todos comentário, mas nada de tempo para eu poder responder. desculpa gente.
Se tudo der certo esse final de semana eu volto e posto o final do Flerte.

Então, deixa eu ir que em cinco minutos eu tenho que, só se for fazendo mágica, aparecer no aniversário da minha tia.

Desculpa qualquer coisa ai. E não me abandonem, voltem.

beijos

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O namorado da Maria Lúcia.


O nome dela é Maria Lúcia, mas desde que foi posta no mundo é chamada de Malu. Malu é linda, e se arruma como ninguém. Mas a sua beleza não se resume em estética, ela é bonita por inteiro e, diga-se de passagem, deve ter entrado umas trinta vezes na fila do charme. Era um sonho: linda, simpática, charmosa, tudo que se podia sonhar. Bem, pra não dizer que Malu não tinha defeitos, digamos que ela nunca fora privilegiada para o canto.

Embora linda e tudo o que mais fosse ela estava solteira desde muito tempo. Não havia um namorado para Maria Lúcia. Talvez porque amedrontasse com tanta beleza e predicados (Mas era só pedir para cantar que as coisas ficavam certinhas.).

Malu já andava cabisbaixa pelos cantos, achando que nunca teria ninguém. Até que um dia um cara que não era nem bonito nem feio; nem mais, nem menos e meio sem jeito...

Pietro nunca pareceu ser o tipo de namorado para Malu, muito menos que Malu fosse se apaixonar por Pietro. Que seja! Ninguém discute com o destino, muito menos se um cara tímido um dia riu - sem querer - da garota bonita que não sabe cantar. Não se sabe o mistério da coisa, só se sabe que Malu se apaixonou e ele, nem se tocou.

Pietro não sabia, ou melhor, não conseguia acreditar que ela, justo ela, a mais desejada estaria procurando por ele, querendo sair com ele, apaixonada pelo desajeitado Pietro. Mas um dia Pietro aceitou a condição e se entregou.

Agora era só uma questão de tempo...

Sem nome.

- Então eu vou ter que esperar mesmo a eternidade pra tu falares? Vou ficar horas a fio aqui, olhando pra tua foto esperando, até mesmo através dela, tu me olhares? Tu achas mesmo que é assim que eu vou superar? Tu achas que a falta faz o serviço que tu, sacana, não tem coragem de terminar. Tu queres que tenha uma sincope toda vez que me procuras pra falar. Tu crês que eu vá dizer sim a todas as tuas investidas. Tu queres que eu fale desesperadamente, como agora, sobre o que penso e espero e tu não vais fazer nada. Tu queres o que afinal? Me ver internada nu hospício, assim, louca de amor, paixão...? O que afinal?

- Sim, quero. Inclusive se o hospício tiver meu nome e se encontrar no meu corpo.

Argh!

Vou pegar a minha sandália guerreira super não
fashion, transparente com salto de acrílico. Vou escovar os cabelos e deixá-los ao vento, vou fazer caras e bocas. Vou me fazer de simpática e intelectual, vou conversar com todo mundo e fazer de conta que amos as copeiras.

Vou ser modelo, atriz e manequim

[/nojo


PS: Nada contra muitas que tem por ai, mas cá entre nós, dá um desgosto quando eu vejo a sessão modelo paraense nas fotos. Eu conheço gente muito mais legal, muito mais bem vestida, muito mais bonita, muita mais glam que o circulo 'modelo, atriz e manequim' local. E aquelas sandálias de acrílico? Eca!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

De olhos abertos.


Sonho bastante, sonho quando durmo e sonho muito mais quando estou acordada, de olhos abertos, porém cega à realidade. Sonhos me divertem, neles eu brigo e choro, canto e danço... Sou como quero, tudo é do meu modo.

Costumo dizer que meus sonhos são minhas histórias, minhas peças teatrais, romances históricos. Nos sonhos eu atuo e ninguém precisa saber, escolho meus amigos, passo uma borracha nos inimigos. Meus sonhos são divertidos, por vezes sonhei que era eu de outra forma, mas em grande parte sonho ser eu mesma do jeito que quero ser, como posso ser.

Evidente que sei que sonhos são bons. Mas de fato, não podemos viver nos sonhos, o que é lastimável, pois sonhos são apenas sonhos fumaça por algum tempo não palpável. Eles nos ajudam um pouco, mas nos fecham os olhos para o que está em nossa frente...

Mas ai, eu pensei: Que merda, o que eu vou fazer agora? Eu que tantas vezes preferi fechar os olhos, deitar e sonhar horas a fio quando não tivera nada pra fazer (ou até tivera, mas os sonhos me atraiam mais).

Até que um dia comum de 21 de janeiro de dois mil e oito, em um curso de dança um querido professor disse entre muitas coisas uma que me marcou muito: transformei meu sonho em meta.

Assim, palpáveis e visíveis metas. E assim eu fiz.

Ah, os sonhos? Os sonhos, devaneios, e sabe-se lá como quer chamar ainda existem e como existem! São tantos, e a qualquer momento que é difícil controlar. Não posso ser tudo o que sonho, mas posso sonhar com tudo. Sonhos me inspiram, nos sonhos não sou só eu, nos meus sonhos eu sou ela, Maria, João, fulana, beltrana, magnólia, Alice, um rosa...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Flerte – part. 5

(Cansei! Cortei o me afastamento que nunca existiu, ainda to arrancando os cabelos com esse exame, mas algumas coisas não têm hora pra chegar.)

FLERTE: part. 1, part. 2, part. 3, part. 4
(penúltima parte)

Ele achava que apenas vê-la em intervalos de tempo, não era o suficiente. E para a surpresa dela, naquela manhã, ele estava quase ao alcance das mãos. Ela era acostumada a controlar tudo, mas agora estava perdida, atrapalhada e nervosa.

Ele ria-se por notar que finalmente tivera com a situação em suas mãos. Ela desistiu... Quando já arrumava as coisas parar ir mais uma vez o destino meteu o dedo: Derrubou tudo no chão.

Ela com o rosto em chamas de raiva e rubro de vergonha, até pensou em ir e deixar tudo lá. Ele teve que conter um pouco o riso para chegar mais perto dela para ajudar.

Ela teve um choque de surpresa quando sentiu aquela mão estranhamente familiar e, mais surpresa ainda, quando ouviu aquela voz. Voz que não era a mais bela do mundo, porém parecia massagear os seus ouvidos. Ele não entendeu a demora, afinou fez apenas uma pergunta: posso te ajudar?

Ela demorou uns segundos para cair em si e lembrar-se que tinha de responder. Porém não se lembrou de como pronunciar as palavras e mudamente balançou a cabeça que sim.

Ela já sabia disto e ele acabara de entender que aquela pedra bruta, diamante forte também tinha o seu lado campo, rosa frágil. Seus pontos fracos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Memória.



Eu tinha alguns poucos e imaturos anos quando vi a foto daquele filme. Ainda estava naquele meio termo entre criança e moça, não entendia muito bem das coisas da vida embora tivesse algumas certezas que perduram até hoje.

Aquela foto, o filme e a mulher. Destes não sabia o que era de verdade ou apenas uma representação, mas encheu-me cabeça de imaginações. Não sabia como ou quando estaria naquele mesmo lugar fazendo as mesmas coisas. Apenas estaria, o que se tornou mais uma das minhas certezas.

A fantasia foi tamanha que, embora imagem não tivesse cheiro, podia sentir o perfume de cada parte da foto... Podia sentir o clima de cada cena.

E hoje, não sei por onde anda a foto do filme, nem a mulher, nem sei mais o que. Mas, sei de uma coisa. O perfume ainda existe, o vinho também, batons e boa música se encontram em cada esquina, bom gosto - modéstia à parte - não me falta. Mesmo que seja imaginação fértil de criança... Não duvide dos seus desejos, não subestime os seus anseios, não embace os seus sonhos.
Já amava estudar as pessoas, já amava dançar, já amava vinho (mesmo que ainda não o tivesse provado), já amava boa música e tudo que era arte me atraia... Já era uma cabeça velha num corpo small. Que seja! Já era tudo que queria me faltava a imagem, o que menos importa, de fato.

(Ok, o filme era Bonequinha de luxo, eu tinha uns 13 anos e havia acabado de me apaixonar pela dança. Assisti ao filme ontem, e lembrei-me disso, precisava dividir.)


Adeus, até dia 21.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

...


O medo me deixa imoralmente muda.

(Volto assim que passar o exame, não tenho cabeça palavras, jeito e tudo mais que eu preciso pra escrever. Mas como tudo é inconstante, nunca se sabe. Mas por agora... Até dia 21 de setembro, bjs)




domingo, 30 de agosto de 2009

Flerte – part. 4

(Flerte: part. 1, part. 2 e part. 3)


E agora que já não era mais intocável, ela achava perigoso. O que mais parecia pintura, agora tinha pele, cheiro, sorriso, voz... Voz? Não, isto ainda não. E ele estava se maravilhando com a idéia de não ser notado por ela todos os dias.

Ela, de besta, já deixara algumas armas caírem. Seus olhares, que até a pouco eram tão difíceis de se flagrar, agora eram rotineiros como encontrar capim no pasto.

Mesmo que para ele só agora fosse visível a ela, ele sabia que, de alguma forma, talvez não fosse o suficiente. Ela sabia o quanto isso era poderosamente encantador pra ele.

Mas hoje num flagra de olhar dela, ele arriscou um sorriso. O que era novidade para ela, que surpreendida com a reação dele, nada mais consegui pensar a não ser sorrir de volta.

Ele acabara de descobrir a sua melhor arma...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

perolas, haha

Recebi do Fernando (sim Fernando, és tu), não resisti tive que postar.

Demorou, mas saiu!


As pérolas do ENEM 2009
O tema da redação do Enem 2009 foi Aquecimento Global, e como acontece todo ano, não faltaram preciosidades. Lá vão:

1) "o problema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta."
(percussão e estalos.. Vai ficar animado o negócio)

2) "A amazônia é explorada de forma piedosa." (boa)

3) "Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar planeta." (tamo junto nessa, companheiro. Mais juntos, impossível)

4) "A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu." (e na velocidade 5!)

5) "Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta." (pra deixar bem claro o tamanho da destruição)

6) "O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação.." (pleonasmo é a lei)

7) "Espero que o desmatamento seja instinto." (selvagem)

8) "A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo." (o verdadeiro milagre da vida)

9) "A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta." (também fiquei emocionado com essa)

10) "Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis." (todo mundo na vida tem que ter um filho, escrever um livro, e realizar uma árvore renovável)

11) "Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas." (esqueceu que também ficam sem o home theater e os dvd's da coleção do Chaves)

12) "Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna." (amém)

13) "Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza." (e as renováveis?)

14) "A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica." (deve ser culpa da morte ecológica)

15) "A amazônia tem valor ambiental ilastimável." (ignorem, por favor)

16) "Explorar sem atingir árvores sedentárias." (peguem só as que estiverem fazendo caminhadas e flexões)

17) "Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia." (o quê?)

18) "Paremos e reflitemos." (beleza)

19) "A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas." (onde está o Guarda Belo nessas horas?)

20) "Retirada claudestina de árvores." (caráulio)

21) "Temos que criar leis legais contra isso." (bacana)

22) "A camada de ozonel." (Chris O'Zonnell?)

23) "a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor." (a solução é colocar lá o pessoal da Zorra Total pra cortar árvores)

24) "A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas sem coração." (para fabricar o papel que ele fica escrevend asneiras)

25) "A amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável." (campeão da categoria "maior enchedor de lingüiça")

26) "Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação." (NÃO!)

27) "Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises." (gênio da matemática)

28) "A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos governantes." (red bull neles - dizem as árvores)

29) "O povo amazônico está sendo usado como bote expiatório" (ótima)

30) "O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando." (subindo!)

31) "Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc." (deve ser a globalização)

32) "Convivemos com a merchendagem e a politicagem." (gzus)

33) "Na cama dos deputados foram votadas muitas leis." (imaginem as que foram votadas no banheiro deles)

34) "Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta amazonia." (oh god)

35) "O que vamos deixar para nossos antecedentes?" (dicionários)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

covarde

Tu foste absurdamente covarde! Tu estudaste meus sentimentos, sentidos, hábitos, manias, vícios, gestos, rotina, palavras e sabia até a diferença do cheiro das minhas mãos para o da nuca. Minhas pausas, meu reflexos a cada palavra tua, sabias tudo, covardia.

E até aquela velha mania de irritar-me com pequenas coisas, para apenas ver minhas feições mudarem de aborrecida para sutilmente alegre.

Covarde, mil vezes covarde!

Tinha uma lista de como agradar e sabia exatamente a hora de sair. A dose exata de tudo. Fez-se de droga, me viciei. Covarde!

Lia-me como um poema decorado na ponta da língua, cada gesto, cada palavra, cada mecha de cabelo fora do lugar.

Entretanto, mesmo com toda esta covardia um dia me mostraste um ato de coragem: amou-me.

Sendo assim, passei uma borracha em tudo, deixei pra trás, e, como uma mocinha em busca de ajuda te dei a mão para me tirar de algum lugar.

Ainda sim, digo de todos os homens o mais covarde deles, mesmo que por trás, na surdina, tenha estudado tudo de mim foi o único que estufou o peito e se entregou.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Um razoável, admirador de poetas.

Quando eu pensava que não havia mais nada, pra mim, naquela noite (ontem), amigo virou-se pra mim e disse:

- Tai... Tava no escritório quando eu li uma coisa, do Neruda, que me fez lembrar de ti.
- O que? - eu perguntei bastante feliz
- Isso: É tão difícil as pessoas razoáveis se tornarem poetas, quanto os poetas se tornarem razoáveis. (Pablo Neruda)

Eu fiquei um pouco, digamos, chocada. Mas depois eu fui engolindo o vinho a coisa durante o aniversário. Fiquei um bom tempo calada. Ora, pois, não sou poeta (não mesmo?), mas não sou nada razoável. De certo que Pablo Neruda nunca erra. É difícil ser razoável quando se fala de sentimento, é difícil ser razoável quando se fala de arte.

Então... Um pouco antes do bolo..


- O que foi Tai?

- Não sei... Desde que tu disseste que "aquilo" do Neruda tem a ver comigo eu fiquei divagando sobre, arte, palavra, dança e poesia. Sabe, acho que eu sou razoável. – disse, eu, um tanto angustiada com a dúvida.

Então, meu amigo, muito sabia e pacientemente me responde:

- Tai, das pessoas que eu conheço, hoje, tu és a mais sentimental que existe. E que de razoável não tem nada. E o que mais prova, são coisas deste tipo... EU só disse que isso me lembrava de ti, o suficiente pra tu divagares uma noite toda. E não duvido nada que escrevas, ou sei lá o que, sobre isso amanhã... E que ser poeta, artista, não depende só de como se faz, se é perfeito, ou não, é o que se sente quando faz.


FIM.

OBS. PERTINENTES:

  1. Sim esse foi exatamente o diálogo com todas estas palavras. Como eu sei? Era uma grande mesa, não dava pra falar então a conversa foi por MSN-papél-de-bloco-de-notas.
  2. Quer saber, eu acho que ele tem razão. E sobre ser poeta ou não... Bem, só sei que de razoável a única coisa que tenho é o tamanho.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Flerte – part. 3


Então ele imaginava e estudava mil e uma formas de falar, mas nenhuma parecia ser o suficiente para falar com ela. E ela já imaginava que, de alguma forma, o dia dele girava em torno dela.

Hoje ele sentiu que finalmente o controle estava em suas mãos; ela fazia de conta que acreditava nisto.

No entanto ela teve de dar uma força, fazendo-se esquecer de uma pequena bolsa na mesa e partindo. Ele não podia imaginar sorte maior e sem pensar duas vezes, apanhou a pequena bolsa e foi atropeladamente em direção a ela que, por sua vez contava os segundos para o proposital encontro casual. Já ele, desesperando-se no meio do caminho afinal de contas não sabia como entregar-lhe a bolsa, o que diria a ela, o que faria?

Mas ela já sabia e virou-se de supetão e apenas fitou, sorriu e apanhou a bolsa tocando sutilmente na mão dele. Ela já sabia que a está altura o desespero já tomara conta até do semblante dele.

E ele que, definitivamente, se dera conta de que nunca tivera o controle nas mãos, tivera duas certezas: De que não era tão invisível quanto pensava e que o toque dela era absurdamente elétrico.

E ela? Ela sabia que não precisavam de palavras para saber o que acontece numa hora dessas.


(Flerte: part. 1 e part. 2)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ballet

Giselle -20 (hoje) E 21(amanhã) DE AGOSTO, as 18:30h.TEATRO MARGARIDA SCHIVAZZAPA
Bem, pra quem me conhece sabe que eu respiro dança... Então eu vou fazer um convite metido a besta pra quem morar aqui (Belém).

Tá acontecendo em Belém o primeiro FESTIVAL NACIONAL DE BALLET CLÁSSICO. E nós, da Ballare Escola de dança, fomos chamados pra reaprentar duas suites de ballet.
Nós vamos dançar Dia 20 (hoje) e dia 21 (amanhã) as 18:00h, no teatro Magarida Schivazzapa no Centur. Os ingressos são vendidos na hora (R$ 10,00).
Confiram, vale a pena.

Hoje: Suite do primeiro ato do Ballet Giselle.















Sexta:
Suite do segundo ato do ballet Giselle.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Flerte - part. 2


E hoje, hoje ela não foi. Era de se notar, ou não, a aflição dele, pois qualquer sombra na porta da outra sala era motivo para uma espiada de rabo de olho. Ela talvez nem sonhasse, mas um dos passos menos calculado estaria gerando um grande e turbulento sentimento nele. Pois, pensava ele que teria perdido a chance de falar com ela, justo hoje que a coragem lhe vestia. E assombrando-se de questionamentos pensava "se ela não viesse mais?", "Se nunca mais a visse por ai?" Agora Ele tivera tomado uma decisão.

Passaram-se as primeiras horas da manhã e ela não dava as caras. Apesar de olhar parar todas e em cada uma delas enxergar Ela, ele sabia que era em vão. Nenhum passo era como o dela, nenhum gesto era parecido também. E ela, mal sabia do estrago que fizera, pois jamais sonhou que a sua ausência afetá-lo-ia muito mais que sua presença.

Já ele dando como perdida a manhã, foi para a casa, mas com uma idéia fixa: Amanhã não será mais um dia somente a vê-la, e sim, o dia que o intocado se tornará perigosamente verdadeiro.


(Flerte - part. 1)

terça-feira, 18 de agosto de 2009


Presente da Flor, haha. obrigada pelos selos.

"É um prêmio que homenageia os melhores blogs e tem sua simbologia nas cores que utiliza. A cor azul representa paz, profundidade e imensidão. A cor dourada a sabedoria, a riqueza e a claridade das idéias. O prêmio em si representa a uniãoentre os blogueiros."



Regras:
"Colocar o prêmio em situação visível ou linká-lo; anunciar através de um link, o blog que o premiou e premiar até outros 15 blogs, avisando ao blogueiro sobre a premiação."

E...



eu particularmente AMAY esse selo, mega cool!

então...

1. Exibir a imagem do selo "Seu blog é ROXIE!" e escrever essas regras abaixo dele.
2. Colocar quem te deu o selo nos seus blogs indicados (amigos)
3. Escrever 5 coisas que são ROXIE (1ª sobre música, 2ª sobre televisão e cinema, 3ª três países que gostaria de conhecer, 4ª três cores favoritas e 5ª três hobbies)

-Música: São tantas, mas particularmente, Linger - the turtles e Four sensations - Vivaldi
-Tv e Cinema: Todos da sessão dramalhão e romance mulherzinha (ok, "Imagine eu e você", e "Click")
-Países: Cuba, França e Inglaterra.
-Cores: Vermelho, branco e verde.

-Hobbies: Dançar (é bem profissão, mas enfim), escrever, ler, ouvir música, cinema e observar e analizar as pessoas.


Dedico: Flor de luxo, Marcos do tempo, Meu lado Humano, Mercadoria da boa, lapis da memória, blog do ivanzito

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Flerte


Então... Ele nem se deu conta do tamanho do acontecido. Ela, um tanto calculista, havia visto, analisado e mirado o tal alvo. Sabia exatamente onde encontrá-lo e o que fazer pare chamar atenção displicentemente sem ele nem sonhar que era dela, a culpa.

Como era bobo ele! Ergueu a cabeça e acompanhou a passagem dela esperando ao menos um olhar, mas ela nem piscou de volta. Ele podia jurar que era invisível para ela. E ela sabia o quanto era poderosamente visível pare ele.

Nesta altura dos fatos não se calcula de quem é o maior querer, dele ou dela. O fato se dava. Os dois flertavam, dos poucos olhares que ela deixava ele flagrar, saiam faíscas de uma paixão até agora calada.

domingo, 16 de agosto de 2009

Propaganda amigável.

Pois é, você tá no orkut não tem nada pra fazer então vai no Brechó Beeló e aproveita pra ver um monte de coisas legais.
Produtos novos e usados (bem conservados, ok) e tudo mais.


link again: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=1438276831282759439

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Blábláblá

Queria escrever sobre alguma coisa, mas não me lembro qual. Então, como diria minha finada avó, fiquemos calados ou falemos sobre a vida. Passam-se anos e tentamos saber o que somos e fazendo o que achamos o certo e/ou o que mais combina conosco. Que seja! Embora alguns acertem, outros estão longe disso. E eu – sim eu. Este meio metro de gente metida a esperta – achava que, por diversas vezes, estivesse no rumo certo. Se escrever bem, vou ser jornalista, se danço, vou ser bailarina e se isso, aquilo.

Embora a resposta esteja na nossa cara, demora pra ela ficar clara, falar muito, observar muito, pensar muito, analisar muito nunca foi à toa.

As escolhas contam muito com o que nós vivemos, e eu vivi muito em pouco tempo (que bom!), por outras pouco em muito tempo (também não me queixo...) e ouvi muitas pessoas e palpites que, nem sempre, foram úteis. Mas de uma coisa eu lembro, e como lembro, sempre gostei das pessoas e de entendê-las (O.k. tentar entender). Mas se perguntavam 'quer ser médica?' Eu logo atropelava com um 'não' bem do seu grosseiro. Disse que gostava de entender e não de salvar. Estudá-las e não recuperá-las.

Mas a vida é assim, vão te dando pistas só encaixar tudo, tava lá, desde os primórdios da minha existência só faltava eu ver. Bem que a vovó avisou...