quarta-feira, 18 de maio de 2011

oposto no gosto

Vou confessar, hoje, agora, um amor estranho que eu tenho. O amor que eu tenho pelo completo oposto. Tenho os dois pés no chão e, se mais um tivesse, no mesmo lugar estaria.  Não sonho, tenho apenas metas. Nada de muitas ilusões e fantasias. Gosto tanto da realidade que faço questão de colocá-la em questão mesmo nas divagações mais absurdas que a minha mente pode realizar.
Mas com esse conceito quadrado de vida afetou. Tudo começou com admiração. Passou por atração. Agora, acredito ser amor. Mas um amor de todos os tipos de amor. Não um tipo único e restrito. Amando das mais diversas formas e classificações existentes na mente de quem acredita nisso.
Acabei por amar àqueles que tendem a ser diferentes de mim. Os libertos, o que tem asas, daquelas imagináveis que vêm o mundo de forma diferente. Por trás de óculos curiosos que se apelidam de outras coisas, para, de forma audaciosa, ver o mundo.
Não consigo ver graça em colocar dois tijolos iguais, de comer dois doces repetidos, de ver o mesmo quadro duas vezes. Preciso do completo oposto, do gosto de contraste. Do preto no branco.
Preciso, preciso do oposto completo oposto. Do homem, da mulher. Do bruto e delicado. Do  Canceriano e leonino. Do geminiano e taurino. Secos e molhados.
Aprendi a gostar de arco-íres por esses motivos.  Que consegue transformas o mesmo dia cinzento, numa hora cheia de cores. Oposto, completo oposto.

domingo, 15 de maio de 2011

Tempo, vano velho.

E existem coisas que naturalmente vão acontecendo. Por mais que a gente tente, e tente mesmo mudar, não adianta. Nessa naturalidade que a vida vai fluindo as coisas vão ficando claras sem que se faça muita coisa por isso, às vezes, é claro.
Pergunto todos os dias se o tempo é um grande amigo. Ou quem sabe um sacana que é um grande amigo da onça. Corremos todos os dias contra o tempo de forma assombrosa que faz parecer que nem saímos do lugar. Daí, no momento em que paramos para olhar a paisagem as coisas corre e se não tivermos espertos... A gente perde o trem.  Da mesma forma quando se fala de sentimento e lembra-se daquelas pessoas que estavam quase fazendo cópia das suas chaves de tanto tempo que passavam com você. E hoje se encontrar na rua não sabe nem se a pessoa ainda lembra-se de você.
Com essa historia de tempo eu vi que existem muitas coisas. E tem pessoas que, sei lá, deixei de gostar. E tantas outras que eu gostei. Tudo por isso, o tempo. O tempo é a “coisa” mais incrível que existe na vida de todo mundo. Nem o maior dos intérpretes consegue defini-lo, driblá-lo (pra aqueles que fingem...).
Já dizia um velho sabido ai que “tem tempo que leva o tempo para trazer o tempo”. Da vontade de escrever essa frase de forma circular e ficar lendo. Entende? É assim, um ciclo que a gente aprender a seguir. Não dá para passar a perna no tempo, mas ele pode passar a perna em você. E vai ser ele que vai te dar a mão quando precisar seguir em frente. Ele tem que ser compreendido. Como se faz com os amigos, senão, ele será o pior inimigo de qualquer um de nós.