terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dedicado.



Não sei exatamente o que escrever. Embora saiba perfeitamente usar as palavras, não sei ao certo em que encaixá-las. Do que falar, mesmo sabendo de quem falar. Talvez faça um pequeno conto transbordando de metáforas com algum final bonito e tocante pronto para pegar um lenço e chorar afogando-se num pote de jujuba (Ah, lembra, eu sempre faço isso... Isso de me afogar num pote de jujubas.). Mas não é isso. Não é real o suficiente.

Também... Também não quero alguma coisa que choque a sociedade, ou o mundo com pontos realistas e cruéis do tal 'hoje em dia e sempre'. E isso não tem nada a ver com o que falar, pra quem e de quem. Na verdade, não sei nem se é exatamente isso que eu quero falar.

Acabei de lembrar-me de algumas coisas, sabe...

As coincidências, o gosto em comum. Posso falar de todas elas. Gostos em comum dão muito que falar (podia falar o quanto eu acho legal aquela blusa da caverna do dragão, ou da afeição por all star.). Acho que ficaria chato meio sem graça certa hora.

Posso, então, falar o quando eu acho engraçado existir outra pessoa no mundo que fique tão absurdamente impressionado com mãos e pés. Mesmo que eu não seja a melhor pessoa pra falar de pés bonitos ou feios, enfim. Mas até que minhas mãos são legais. Mas se falar disso, vou acabar falando de outras pessoas.

Já usei muitas palavras, mas ainda não consegui chegar a lugar algum. Ainda não sei ao certo que falar. Mas não por falta do que falar, e sim, por muito que falar, já.

Acho que vou falar da minha capacidade de confundir as pessoas com a minha confusão. Não, né?! Acho que eu posso deixar alguma pessoa louca só de ler as primeiras linhas.

E agora beibe, o que há para eu falar, te falar.

Posso começar a exagerar em tudo, com essa coisa de alma de artista que tem por aqui, até chegar à pieguice. Melhor não, também. Sem metáforas, sem exageros, ou pieguices, não falar dos outros...

Então vou falar de noites mal dormidas por conversas divertidas; De horas de assuntos intermináveis, de falar abertamente de não ter medo, não muito, de tudo. De alarmes disparados e perguntas difíceis. De queixas, risos e cachorros... Bagunças e livros; Musica e dança; Passados conturbados e vida acadêmica; De all star preto de cano alto e um branco e pouco usado; De cócegas; Do perigo do desconhecido e da loucura de estar próximo a uma 'pseudomaníaca'; De dança e direito; de atraso de comunicação; De que eu não fiz nada mais alem de citar tudo, e o quanto eu tenho certeza que tu vais rir quando ler e lembrar. De que memória e a realidade fazem mais jus a tudo do que as palavras. Isso porque não falei de dentes, barbas, unhas e colírios.

O quanto eu acho isso muito engraçado e nem sei explicar. Meio sem mais nem por que. Um tanto de bom um tanto de perigoso. Um pouco incerto ainda, mas de qualquer forma seguro e atrapalhado. Um pouco de sinceridade e graça, o que mais se pode querer? Nada mais de 'meio sei lá'. Pouco tempo (relativo) e muitas coisas, embora ainda um pouco desconhecido já haja muito que se sabe. De fato há muito não escrevo a outros, mas a pedidos (leia-se: exigências) o fiz. E no fim quem agradece sou eu, com essa meu 'a flor da pele' artista transbordei o que falar. E por fim... Obrigada por eu te conhecer, conhecendo... E lembra quando perguntaram sobre ser especial? Sim, é... Ta sendo. Por fim, onde não havia palavras agora há.


(mesmo enferrujada de 'dedicados', tai como prometido. rs)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Não eram.

Tem uma pulga aqui.

Não, não é apenas uma. Tem umas três no mínimo. Ou mais...

Não vou parar para contar.

Saco! Essa me incomoda mais. Essa pulga está, de fato, me tirando do serio.

Acho que vou matar. Não consigo.

Não tenho certeza... Será mesmo uma pulga? Parece ter asas.

Será que se eu chegar mais perto eu consiga ver melhor?

Vai parar de incomodar. Ah, mas tenho tanto, mas tanto medo.

Não tenho forças pra chegar perto.

Acho que vou dormi... Mas se vierem pra perto de mim? Não quero bichos aqui.

Certo! Uns três passos largos. Acho que chego perto.

Um, dois, três.

Borboletas! Como se confundem pulgas com borboletas.

Não tenho medo de borboletas. Só um pouco, não muito.

De pulgas eu tenho. Mas com borboletas eu posso dormir sem perigos.

Tudo por um besta medo.

Histórias se repetiriam, perderia mais uma noite de sono, medo. Que besta

Não eram pulgas,eram borboletas.


 

domingo, 27 de setembro de 2009

depoimento

Como escrever um depoimento pra ti quando dominas tão bem as palavras e eu não tenho habilidade nenhuma com elas? Eu espero que a sinceridade nesse caso seja suficiente, pois é tudo que eu posso te oferecer.
Para qualquer um que te conheça é fácil notar que tás longe de ser uma pessoa comum, e para todos que buscam alguém “normal”, é porque já abriram mão do excepcional. Do momento em que eu te vi pela primeira vez eras a famosa “gêmea”, logo se notava que amavas o ballet e isso era a tua vida, o que sinceramente é lindo. Depois descobri que também escrevias e me impressionei com a facilidade que tinhas te tornar uma idéia simples ou repetida em algo tão leve e interessante. Com isso deu pra perceber que tavas naquela classe especial de pessoas que pouquíssimos alcançam e os que alcançam de certo tem dentro de si a grandeza potencial, entendi que eras uma artista, e não há discussão ao afirmar que a arte é a maior conquista da humanidade.
Mesmo sendo integrante de um grupo tão seleto, que muitos se consideram parte, mas poucos realmente o são, não usas isso como desculpa para ser arrogante ou te considerar acima de ninguém. O que te torna incrível de mais outra maneira, por isso eu é tão difícil expressar o orgulho de me considerares teu irmão. Mesmo a gente não se vendo freqüentemente (ou nunca...) a irmandade fica, eu gosto muito de ti e era mais ou menos isso que eu queria dizer no depoimento.

(viu, nem ficou tão ruim... é de familia!)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Alguns tantos.

Data incerta*

Querido destino,

Então... Hoje eu estava de olhos fechados lembrando-me de amores passados. E já se foram tantos. Arrebatadores, intensos, secretos, explícitos.

Lembro-me perfeitamente de cada um deles. O quanto me parecia vital no momento, e o quão fácil eu os esquecia. Uma sucessão de amores... Amores eternos, talvez. Coração na boca, sorrisos, medos, declarações, lágrimas e fins. Eram sempre assim... Alguns mais curtos outros mais duradouros; de qualquer forma intensos.

Tantos rostos, mas o mesmo sentimento. De fato não sei se o que senti fora amor. Como pode uma única pessoa amar tanto e tantos. Não sei. Talvez não fora mesmo amor de verdade, apenas algum tipo de encantamento.

Este sentimento viciou. Acho que sem isto – o tal amor – os dias ficam sem graça. Embora muitas vezes me tire do sério, não acho tanta graça viver sem um coração acelerado.

Mesmo que lindo, nem tudo são flores. Eu sei destino, eu sei. E para quem não sabe, alguns amores viram dores (pra não perder a rima), deixam marcas que, às vezes, não querem sarar.

Não me queixo de amar demais, sabe. Acho tão lindo o amor. Ainda não sei se já parei de amar, se estou amando, e quem ou quantos ainda vou amar. Nem quero pensar nisto ainda. Posso, ainda, esbarrar em muitos, ou não, até encontrar um que me prenda pra valer. Que um dia eu vou declarar sem medo. Até lá vou amando amar...

Não me queixo de amar. Já disse isso, não é mesmo destino? Só tenho pena dos que não o sabem fazer. Amar não é fácil (ou talvez seja mais simples do que pareça), às vezes demora, outrora é rápido demais. Entretanto sempre forte intenso e bonito.

Arrebatador este tal de amor. Não é à toa que ache tão lindo senti-lo durante tanto tempo e por alguns tantos homens. E grande parte é sua... Culpa, digamos assim, destino.

Um grande beijo, e até a próxima que eu vier te falar de amor.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

desconhecer




A incrível arte sedutora do desconhecido. A capacidade de fascínio, encanto. O não saber, o revelar. Às cegas, ou quem sabe, de alguma forma a enxergar de fato.
O que intriga é querer saber, e por mais que saiba o querer saber mais. Afinal quando se sabe o bastante para se dizer bem sabido daquilo? Será que tudo é tão quadrado a ponto de ser concreto até o final e, uma hora, saber de tudo?
Eu, isso, esse, aquilo... Tudo é tão subjetivo que mesmo com livros, documentos e explicações ainda restam pontos cegos. Estes me intrigam. Mas mesmo assim ainda há alguma coisa a se conhecer alem do que se sabe.
O desconhecido é tão constante que embora você julgue se conhecer sempre há uma parte que permanece em segredo. Inclusive para quem o possui. Se somos desconhecidos de nós, o que dirá dos outros.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O namorado da Maria Lúcia - 2

A cantada?

Hoje Malu só queria mesmo sair e se divertir, sem cantadas, sem pudor, sem um monte de coisa que ela, apesar de acostumada, não achava muito divertido. Ligou para todas as amigas, aquelas de todas as horas, festas e conversas. Não sabiam muito bem o que fariam hoje, uma quinta-feira daquelas. Depois de muito tempo Malu sugeriu a única coisa que poderiam fazer fora de casa em que elas, principalmente a ela, não correriam tantos riscos de serem atacada ferozmente por machos insaciáveis (ok, sem bilhetinhos, chagadas e afins.): karaokê!

Malu e suas três amigas foram como sempre muito bem vestidas, o que era de se esperar. O engraçado era que, não era o fato de Malu ser mais bonita que as outras, pois todas pareciam da mesma safra de beleza. Mas havia na Malu alguma coisa a mais, talvez ela tivesse mergulhado em algum tipo de poção, ou tenha sido feita com um pouco mais de amor, não sei explicar. Só sei que perto da Malu o resto ficava meio sem cor.

Elas apenas queriam sair beber e cantar. Cantar era umas das coisas mais divertidas pra Malu. Onde ela encontrava uma coisa que ela sabia que não agradaria a todos, certeza. Beberam umas e muitas, e Malu já ia cantar pela terceira vez. Subiu ao pequeno palco do bar, escolheu aquela música, "Escrito nas estrelas" (sim, aquela com vários agudos da Tetê Espíndola). Malu, já estava ficando desajeitada, um pouco descabelada, mas continuava um charme. Ela saiba que cantar essa música, a esta altura, era um suicídio social, seria uma cena bizarra. Mas era isso mesmo que ela queria, achava divertidíssimo.

Antes que a música começasse de fato, Malu olhou pro lado e viu um carinha engraçado que mais parecia ter saído de um filme dos anos 50, todo arrumadinho. Ele ficava na sessão de vinhos, sabia tudo sobre isto. A música começou, Malu soltou as primeiras palavras, quem não sabia o que estava acontecendo podia jurar que ela pretendia destruir o mundo com a voz.

Embora desafinada Malu, já ouviu vários elogios galanteadores no local. Quando terminou a musica desta vez, porém, ouviu uma risada abafada vindo da direção dos vinhos.

- Qual o problema? – ela perguntou como, de brincadeira, desafia.

- Ah, nenhum. É que, você... Você canta muito mal. – Pietro notou imediatamente que talvez tivesse falado demais. Como num soluço engatou logo: Desculpa.

Malu passou alguns segundos olhando aquela figurinha, até então insignificante e sincera, no local e de alguma forma ele a cativara e agradeceu:

- Obrigada.

- Como? É que de qualquer forma, você é tão bonita, mas tem uma voz insuportável. Eu fiquei um pouco chocado. – ele disse ainda tímido ajeitando os óculos e alguns copos que quase derrubara antes.

Eles riram juntos.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Nem tudo


E tudo que é bom tem seu, mesmo que pequeno estorvo. Não reclamo. Quer saber? É até bom, tudo que é bom demais dura pouco, cansa, fica chato e monótono. É bom ter uma barreira a vencer, um obstáculo, um desafio. Essas coisas são divertidas até, juro.

Não vou dizer que não goste de tudo muito bom, mas particularmente, me cansa. Vencer um obstáculo é um prazer quase sexual.

Eu gosto dos meus estorvos, gosto de passar por eles, gosto de saber que ali na frente vai ter outro diferente. Gosto dos obstáculos, mas eu tomo cuidado. Há desafios e há torturas.

Não gosto de me torturar por coisas que não tem mais jeito. Não pecar o seu tempo como que faz mal. Mude o rumo, vão por outras barreiras, clareiras, roseiras (sabe... eu gosto de rosas.).

Nem tudo que é bom é tão feliz, nem tudo. A felicidade pode estar no sentir-se capaz.

Faça-se capaz, adote o seu estorvo como troféus de desafios já passados. Não se queixe de ter barreiras e desafios, passe-os. Se for para queixar, se queixe da 'falta de', pois isso geralmente é falta de felicidade.

filosofia do meio dia

Parar no meio da rua.
No meio da correria da vida, pare...
No meio da rua



(por Fernando Mendonça, meu irmão por parte de gemea)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Menos 345kg hoje. O exame já passou. Agora só resta saber se eu passei, haha

Sarcasmo de lado, a semana foi tão tensa que eu não tinha forças pra escrever e tudo mais. Agora tá ficando bem melhor.
Desculpem o abandono. Eu vou postar ainda essa semana, quiçá hoje.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Meus filhos vão perguntar qual foi a minha época.

Até a um tempo eu não saberia responder. Ou então seria melancólica e diria que foi um tempo que eu não vivi. De fato isto ainda não mudou... Muito.

Posso citar inúmeras coisas a cerca de tempo, moda, música e pessoas. Não nego que sempre tive um pé no passado e outro no que eu chamo de 'quase-futuro'. Sempre achei que poderia muito bem viver hoje com roupas e costumes de ontem NUMA BOA. Mas, de fato, nem tudo contribuía. Talvez um medo de ser apontada, afinal eu só tinha onze anos de idade quando eu descobrir essa afinidade com o 'não-agora' exatamente.

Foram passando os anos e outras coisas me prendiam. Social, dia-a-dia, circulo social e por ai vai.

Ok! Cheguei ao meu estopim! Não agüentava mais. Nem eu sabia o que era direito. Cheguei a ouvir músicas que me desagradam, lugares sebosos, pessoas insuportáveis... Não vou me prender nessa lista.

Precisei de uns quatro meses para me desintoxicar. Foi um processo árduo e de escassez. Calma! Eu não passei fome e nem fui a nenhum centro budista, nem nada disso. Só fiquei trancada em casa (leia-se: escola, ballet e casa) me estudando.

Certo, não foi uma coisa muito espiritual, tampouco material. Foi divertido, ou melhor, é divertido. De fato a gente se conhece mais a cada dia que passa, mas tem algumas coisas que não mudam. Digamos de um tipo 'eu sou assim, porque nasci assim'.

Então, se/quando eles me perguntarem eu vou ter resposta, fotos e músicas pra mostrar. Vou dizer que sim poderia ter vividos uns quarenta e poucos anos antes, mas que eu não me frustro. Afinal eu consegui adaptar bem o eu queria ou que eu tinha. E que não me importava se me olhassem em alguns lugares e perguntassem se eu havia acabado de sair de algum tipo de máquina do tempo.


PS: quem se perturbar por ver tanta pessoalidade, tanto desabafo no meio de tanta 'love story' e 'semi-arte escrita de uma amadora'. Desculpa, eu me entendo escrevendo.

domingo, 13 de setembro de 2009

Flerte - final


Já era o segundo dia que ela não o via. Estava aflita. Ela não sabia o que acontecera. E se ele estivesse doente? Se estivesse pior que isto? Se tivesse esquecido-a? Mas, ao passar o olhar pela décima vez, na sala ela foi surpreendida. Ele a pegou numa posição inegável de procurava algo.

Ele não entendia por que, mas ficou tímido quando percebeu que se encaravam. Eles riram. Ele pensou um pouco e decidiu sentar-se mais perto dela.

Eles não se davam conta do quanto era perigoso se aproximarem demais. Mas agora já estava montada uma doce e perigosa bomba-relógio...

Ela sentia que podia atirar-se nos braços dele; então falou do mundo. Ele queria segurá-la mais perto e então falou de alguma matéria alheia.

Ele se esforçava para não reagir aos seus instintos e continuar uma conversa. Ela temia o silêncio e preenchia cada lacuna com mil palavras. Os dois sabiam o que viria logo, logo.

Ela já tinha que ir, ele já não se dava conta das horas - neste tempo de conversa e aproximação era notável que alem de tudo ainda nascia uma amizade. Agora não eram somente um homem e uma mulher. - Então ela disse 'tchau'; ele apenas respondeu. Ela virou-se. Ele a chamou de volta e, como um raio, e virou de volta. Ele riu. Como grandes e poderosos imãs eles se aproximaram.

Quem olhou, provavelmente sentiu alguma coisa diferente no ar.

Ela sentiu o cheiro dele. Ele sentiu a pele dela. Eles chegaram mais perto, ainda, e sentiram algumas coisas entre explosão, frio na barriga e calor.

Ele teve certeza de que tudo que imaginava se resumia naquele beijo. E ela, confiante, sabia que mais uma vez ele estava no seu controle.

Neste momento os dois sabiam que este era o melhor beijo que tiveram e que não seria o único. Mas caso fosse. Seria o único todos as vezes, todos os dias, todas as noites e para , sabe-se lá até quando durar, sempre.

Os dois jogaram e ganharam o jogo do amor no tabuleiro da paixão.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Aviso. hihi

Então... Faltam duas semanas pro exame. Eu to pra surtar, porém bem feliz. Meio, ops...bastante sem tempo, to aceitando todos comentário, mas nada de tempo para eu poder responder. desculpa gente.
Se tudo der certo esse final de semana eu volto e posto o final do Flerte.

Então, deixa eu ir que em cinco minutos eu tenho que, só se for fazendo mágica, aparecer no aniversário da minha tia.

Desculpa qualquer coisa ai. E não me abandonem, voltem.

beijos

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O namorado da Maria Lúcia.


O nome dela é Maria Lúcia, mas desde que foi posta no mundo é chamada de Malu. Malu é linda, e se arruma como ninguém. Mas a sua beleza não se resume em estética, ela é bonita por inteiro e, diga-se de passagem, deve ter entrado umas trinta vezes na fila do charme. Era um sonho: linda, simpática, charmosa, tudo que se podia sonhar. Bem, pra não dizer que Malu não tinha defeitos, digamos que ela nunca fora privilegiada para o canto.

Embora linda e tudo o que mais fosse ela estava solteira desde muito tempo. Não havia um namorado para Maria Lúcia. Talvez porque amedrontasse com tanta beleza e predicados (Mas era só pedir para cantar que as coisas ficavam certinhas.).

Malu já andava cabisbaixa pelos cantos, achando que nunca teria ninguém. Até que um dia um cara que não era nem bonito nem feio; nem mais, nem menos e meio sem jeito...

Pietro nunca pareceu ser o tipo de namorado para Malu, muito menos que Malu fosse se apaixonar por Pietro. Que seja! Ninguém discute com o destino, muito menos se um cara tímido um dia riu - sem querer - da garota bonita que não sabe cantar. Não se sabe o mistério da coisa, só se sabe que Malu se apaixonou e ele, nem se tocou.

Pietro não sabia, ou melhor, não conseguia acreditar que ela, justo ela, a mais desejada estaria procurando por ele, querendo sair com ele, apaixonada pelo desajeitado Pietro. Mas um dia Pietro aceitou a condição e se entregou.

Agora era só uma questão de tempo...

Sem nome.

- Então eu vou ter que esperar mesmo a eternidade pra tu falares? Vou ficar horas a fio aqui, olhando pra tua foto esperando, até mesmo através dela, tu me olhares? Tu achas mesmo que é assim que eu vou superar? Tu achas que a falta faz o serviço que tu, sacana, não tem coragem de terminar. Tu queres que tenha uma sincope toda vez que me procuras pra falar. Tu crês que eu vá dizer sim a todas as tuas investidas. Tu queres que eu fale desesperadamente, como agora, sobre o que penso e espero e tu não vais fazer nada. Tu queres o que afinal? Me ver internada nu hospício, assim, louca de amor, paixão...? O que afinal?

- Sim, quero. Inclusive se o hospício tiver meu nome e se encontrar no meu corpo.

Argh!

Vou pegar a minha sandália guerreira super não
fashion, transparente com salto de acrílico. Vou escovar os cabelos e deixá-los ao vento, vou fazer caras e bocas. Vou me fazer de simpática e intelectual, vou conversar com todo mundo e fazer de conta que amos as copeiras.

Vou ser modelo, atriz e manequim

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PS: Nada contra muitas que tem por ai, mas cá entre nós, dá um desgosto quando eu vejo a sessão modelo paraense nas fotos. Eu conheço gente muito mais legal, muito mais bem vestida, muito mais bonita, muita mais glam que o circulo 'modelo, atriz e manequim' local. E aquelas sandálias de acrílico? Eca!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

De olhos abertos.


Sonho bastante, sonho quando durmo e sonho muito mais quando estou acordada, de olhos abertos, porém cega à realidade. Sonhos me divertem, neles eu brigo e choro, canto e danço... Sou como quero, tudo é do meu modo.

Costumo dizer que meus sonhos são minhas histórias, minhas peças teatrais, romances históricos. Nos sonhos eu atuo e ninguém precisa saber, escolho meus amigos, passo uma borracha nos inimigos. Meus sonhos são divertidos, por vezes sonhei que era eu de outra forma, mas em grande parte sonho ser eu mesma do jeito que quero ser, como posso ser.

Evidente que sei que sonhos são bons. Mas de fato, não podemos viver nos sonhos, o que é lastimável, pois sonhos são apenas sonhos fumaça por algum tempo não palpável. Eles nos ajudam um pouco, mas nos fecham os olhos para o que está em nossa frente...

Mas ai, eu pensei: Que merda, o que eu vou fazer agora? Eu que tantas vezes preferi fechar os olhos, deitar e sonhar horas a fio quando não tivera nada pra fazer (ou até tivera, mas os sonhos me atraiam mais).

Até que um dia comum de 21 de janeiro de dois mil e oito, em um curso de dança um querido professor disse entre muitas coisas uma que me marcou muito: transformei meu sonho em meta.

Assim, palpáveis e visíveis metas. E assim eu fiz.

Ah, os sonhos? Os sonhos, devaneios, e sabe-se lá como quer chamar ainda existem e como existem! São tantos, e a qualquer momento que é difícil controlar. Não posso ser tudo o que sonho, mas posso sonhar com tudo. Sonhos me inspiram, nos sonhos não sou só eu, nos meus sonhos eu sou ela, Maria, João, fulana, beltrana, magnólia, Alice, um rosa...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Flerte – part. 5

(Cansei! Cortei o me afastamento que nunca existiu, ainda to arrancando os cabelos com esse exame, mas algumas coisas não têm hora pra chegar.)

FLERTE: part. 1, part. 2, part. 3, part. 4
(penúltima parte)

Ele achava que apenas vê-la em intervalos de tempo, não era o suficiente. E para a surpresa dela, naquela manhã, ele estava quase ao alcance das mãos. Ela era acostumada a controlar tudo, mas agora estava perdida, atrapalhada e nervosa.

Ele ria-se por notar que finalmente tivera com a situação em suas mãos. Ela desistiu... Quando já arrumava as coisas parar ir mais uma vez o destino meteu o dedo: Derrubou tudo no chão.

Ela com o rosto em chamas de raiva e rubro de vergonha, até pensou em ir e deixar tudo lá. Ele teve que conter um pouco o riso para chegar mais perto dela para ajudar.

Ela teve um choque de surpresa quando sentiu aquela mão estranhamente familiar e, mais surpresa ainda, quando ouviu aquela voz. Voz que não era a mais bela do mundo, porém parecia massagear os seus ouvidos. Ele não entendeu a demora, afinou fez apenas uma pergunta: posso te ajudar?

Ela demorou uns segundos para cair em si e lembrar-se que tinha de responder. Porém não se lembrou de como pronunciar as palavras e mudamente balançou a cabeça que sim.

Ela já sabia disto e ele acabara de entender que aquela pedra bruta, diamante forte também tinha o seu lado campo, rosa frágil. Seus pontos fracos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Memória.



Eu tinha alguns poucos e imaturos anos quando vi a foto daquele filme. Ainda estava naquele meio termo entre criança e moça, não entendia muito bem das coisas da vida embora tivesse algumas certezas que perduram até hoje.

Aquela foto, o filme e a mulher. Destes não sabia o que era de verdade ou apenas uma representação, mas encheu-me cabeça de imaginações. Não sabia como ou quando estaria naquele mesmo lugar fazendo as mesmas coisas. Apenas estaria, o que se tornou mais uma das minhas certezas.

A fantasia foi tamanha que, embora imagem não tivesse cheiro, podia sentir o perfume de cada parte da foto... Podia sentir o clima de cada cena.

E hoje, não sei por onde anda a foto do filme, nem a mulher, nem sei mais o que. Mas, sei de uma coisa. O perfume ainda existe, o vinho também, batons e boa música se encontram em cada esquina, bom gosto - modéstia à parte - não me falta. Mesmo que seja imaginação fértil de criança... Não duvide dos seus desejos, não subestime os seus anseios, não embace os seus sonhos.
Já amava estudar as pessoas, já amava dançar, já amava vinho (mesmo que ainda não o tivesse provado), já amava boa música e tudo que era arte me atraia... Já era uma cabeça velha num corpo small. Que seja! Já era tudo que queria me faltava a imagem, o que menos importa, de fato.

(Ok, o filme era Bonequinha de luxo, eu tinha uns 13 anos e havia acabado de me apaixonar pela dança. Assisti ao filme ontem, e lembrei-me disso, precisava dividir.)


Adeus, até dia 21.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

...


O medo me deixa imoralmente muda.

(Volto assim que passar o exame, não tenho cabeça palavras, jeito e tudo mais que eu preciso pra escrever. Mas como tudo é inconstante, nunca se sabe. Mas por agora... Até dia 21 de setembro, bjs)