Até a um tempo eu não saberia responder. Ou então seria melancólica e diria que foi um tempo que eu não vivi. De fato isto ainda não mudou... Muito.
Posso citar inúmeras coisas a cerca de tempo, moda, música e pessoas. Não nego que sempre tive um pé no passado e outro no que eu chamo de 'quase-futuro'. Sempre achei que poderia muito bem viver hoje com roupas e costumes de ontem NUMA BOA. Mas, de fato, nem tudo contribuía. Talvez um medo de ser apontada, afinal eu só tinha onze anos de idade quando eu descobrir essa afinidade com o 'não-agora' exatamente.
Foram passando os anos e outras coisas me prendiam. Social, dia-a-dia, circulo social e por ai vai.
Ok! Cheguei ao meu estopim! Não agüentava mais. Nem eu sabia o que era direito. Cheguei a ouvir músicas que me desagradam, lugares sebosos, pessoas insuportáveis... Não vou me prender nessa lista.
Precisei de uns quatro meses para me desintoxicar. Foi um processo árduo e de escassez. Calma! Eu não passei fome e nem fui a nenhum centro budista, nem nada disso. Só fiquei trancada em casa (leia-se: escola, ballet e casa) me estudando.
Certo, não foi uma coisa muito espiritual, tampouco material. Foi divertido, ou melhor, é divertido. De fato a gente se conhece mais a cada dia que passa, mas tem algumas coisas que não mudam. Digamos de um tipo 'eu sou assim, porque nasci assim'.
Então, se/quando eles me perguntarem eu vou ter resposta, fotos e músicas pra mostrar. Vou dizer que sim poderia ter vividos uns quarenta e poucos anos antes, mas que eu não me frustro. Afinal eu consegui adaptar bem o eu queria ou que eu tinha. E que não me importava se me olhassem em alguns lugares e perguntassem se eu havia acabado de sair de algum tipo de máquina do tempo.
PS: quem se perturbar por ver tanta pessoalidade, tanto desabafo no meio de tanta 'love story' e 'semi-arte escrita de uma amadora'. Desculpa, eu me entendo escrevendo.
9 comentários:
Querida Tai,
Engraçada coincidência, no passado ainda não muito longínquo tive uma namorada que também tinha essa afinidade com o ‘não-agora’ exactamente. Sempre teve um pé no passado e outro no presente...
Penso que esse teu “retiro” de 4 meses só t vez bem. Levou-te a conhecer melhor o teu “EU” e aceitá-lo como ele é, e como tu dizes, és assim, porque nasceste assim e ponto final!
E quando teus filhos te perguntarem qual foi a tua época, não tenho dúvidas que darás a resposta correcta e com um belo sorriso na cara.
Ah! e estás desculpada, ehehe...
Bjs para a menina que saiu da “máquina do tempo”,
CR/de
www.carlosribeiro.photos.blogspot.com
Que legal... engraçado mesmo.
eu tenho paixão por tudo que é do passado. sempre tive, e sei lá até quando vou ter.
mas enfim. sempre achei que era velha demais pra mim.. no gosto é claro.
isso sempre me deu problemas com amizade.
bjs pro meu amigo do outro lado do oceano
O pior de tudo é que, existem pessoas que por mais que necessitem, não se permitem momentos de reflexão, e assim, partirem para o autoconhecimento, ou seja, dar uma verificada geral no seu "EU", limitam-se em seguir ou fazer tudo aquilo que os outros fazem.
Eu particularmente, gosto de muitas coisas que se fizeram presentes no meu passado. Adoro belas recordações.
Beijos,
Furtado.
Não se desculpe!
Eu tb me estudo/entendo escrevendo...
Bjo, Tai!
:)
Nossa que texto bom! Só em ler, viajei um pouco no tempo, no meu tempo... Muito bom mesmo! :)
Sem dúvida, a cada dia que passa me entendo e me descubro um pouco mais.
E, ah, eu também me entendo escrevendo. ^^
Beijo.
O mais importante e que seus filhos já devem perceber, é que VOCÊ É VOCÊ e não produto de padrão.
Isso é o que tem valor.
CONTINUE.
Doce Tai,
Por favor, não mude, e em nada!
Beijo grande.
p.s: selo pra vc no Ensaios,
espero que tope a brincadeira!!
Ok, Tainá, não gostar exatamente de tudo que todo mundo gosta deve ser o nosso ponto em comum, além do ballet, sabes bem que "loucuras atemporais" são um bom assunto pra uma conversa...
bjs
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