quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Um razoável, admirador de poetas.

Quando eu pensava que não havia mais nada, pra mim, naquela noite (ontem), amigo virou-se pra mim e disse:

- Tai... Tava no escritório quando eu li uma coisa, do Neruda, que me fez lembrar de ti.
- O que? - eu perguntei bastante feliz
- Isso: É tão difícil as pessoas razoáveis se tornarem poetas, quanto os poetas se tornarem razoáveis. (Pablo Neruda)

Eu fiquei um pouco, digamos, chocada. Mas depois eu fui engolindo o vinho a coisa durante o aniversário. Fiquei um bom tempo calada. Ora, pois, não sou poeta (não mesmo?), mas não sou nada razoável. De certo que Pablo Neruda nunca erra. É difícil ser razoável quando se fala de sentimento, é difícil ser razoável quando se fala de arte.

Então... Um pouco antes do bolo..


- O que foi Tai?

- Não sei... Desde que tu disseste que "aquilo" do Neruda tem a ver comigo eu fiquei divagando sobre, arte, palavra, dança e poesia. Sabe, acho que eu sou razoável. – disse, eu, um tanto angustiada com a dúvida.

Então, meu amigo, muito sabia e pacientemente me responde:

- Tai, das pessoas que eu conheço, hoje, tu és a mais sentimental que existe. E que de razoável não tem nada. E o que mais prova, são coisas deste tipo... EU só disse que isso me lembrava de ti, o suficiente pra tu divagares uma noite toda. E não duvido nada que escrevas, ou sei lá o que, sobre isso amanhã... E que ser poeta, artista, não depende só de como se faz, se é perfeito, ou não, é o que se sente quando faz.


FIM.

OBS. PERTINENTES:

  1. Sim esse foi exatamente o diálogo com todas estas palavras. Como eu sei? Era uma grande mesa, não dava pra falar então a conversa foi por MSN-papél-de-bloco-de-notas.
  2. Quer saber, eu acho que ele tem razão. E sobre ser poeta ou não... Bem, só sei que de razoável a única coisa que tenho é o tamanho.

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