quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

À noite.



Um brinde a noite. À noite por que...
Era chuva e era noite.
Na noite onde os corpos se atraem e como se não bastassem ainda se precisavam. Era chuva. E chuva sem falar muita coisa já vem acompanhada de frio abraço e preguiça.
O gim. Ele entra, esqueçam a preguiça. O desejo é a cereja que faltava, ou seria o contrário?
O gim vem acompanho de uma dose de desejo
Doce desejo.
Sim, era doce o gim. O que de fato se tronava mais atraente.
Tudo era tudo atraente naquele ponto.
Impulso, instinto...
(um branco.)
Ainda tinha chuva, muita. Agora não tinha mais gim, só as conseqüências dele. Cheiro... Não sei distinguir. Mas era pele, pêlo, chuva. Era bem frio, mas o corpo tava quente. Um pouco de choque. O corpo já não respondia mais. Era como se programado pra isso.
Calor, chuva, pele, pêlo, toque, pele, chuva, toque... Calor, pêlo, pele, chuva, calor, toque, pele, pêlo, toque chuva, pele, chuva, pele... Toque, calor, chuva... Pele, toque, pêlo, calor, chuva, pele, calor... Calor, pêlo, pele, calor, toque, pele, pêlo, toque chuva, pele, chuva, pele.

Tinha ritmo, a noite de chuva. Sim tinha.
Já nem era mais noite, era dia ou quase isso. Já não tinha mais, não mentira, tinha. Mas não era assim.  Por algum motivo aquela noite que já era dia tinha que acabar...
Não acabou a vontade, nem o desejo, tampouco a chuva. Acabou apenas aquela noite, só aquela. Deixando aquela covarde sensação de sobremesa. Querendo tudo mais, mas deixando um pouco pro dia seguinte. Mas resto continua, por aquela noite foi só.

... E um brinde, hoje, na outra noite, para lembrar sempre da noite que passou.
À noite.

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