quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Entre dois.

Entre mocinhos e vilões não se sabe dizer o que é verdade e mentira. Entre idas e vindas, as verdades são distintas. Os sentimentos, para cada lado, são o mais forte e verdadeiro. Mas então, me diga, com absoluta sinceridade: Quem gosta mais?
O mocinho está cansado de esperar e o vilão não sabe mais por onde agir. Então vira o jogo, que se faz mocinho agora vilão vai ser. Mas a verdade é que não sabemos dizer, em absoluto, quem vai vencer.
É uma guerra, silenciosa, venenosa e arriscada. Sem dó, machuca, arde e mata. Chega e você só sente, não abre um verbo que seja. Quanto menos fala, mas se pensa, pensa muito até agir. Agir envenenada, diga-se de passagem. Metendo pés pelas mãos. Sem dó nem piedade. Quando se vê já não se sabe onde começa um e termina outro.
Vilões e mocinhos absolutamente juntos e misturados. Enterrados de culpas e dores, envenenados pelo mesmo monstro verde que, sem dó, ataca até os mais tranqüilos dos personagens. Que, quem diria, parecia poder apensa por para fora cheiros de perfumes de rosas campestres.
Quem ganha? E quem perde? É possível dizer? Talvez aquele que ficou tenha perdido e quem foi, ganhou. É relativo, às vezes, ter um doce nas mãos é um propósito para dor de barriga futura e não distante. Ficar com as mãos abanando, portanto pode ser sinônimo de liberdade, felicidade. E vilões e mocinhos, quem são agora?
Vilão aquele que envenena, e engana e pensa em todos os passos, deveras cego, cego de amores tanto quanto (ou mais) que os mocinhos. Embora amante, não sabe como fazer.
Já os mocinhos, amam de um jeito primaveril sem tempestades demais e, sendo assim, conseguem ver melhor o que vem, por isso não erram tanto assim...
Embora uma coisa não seja clara. E é importante que ficasse. Vilões e mocinhos são, um só, que só se mostram quando acham confortáveis. E talvez nem precisem do segundo para ser um e outro. São dois num só.
Todos vilões da história alheia e mocinhos de sua própria.

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