Tem vezes que gosto mais de rock que de samba. Gosto tanto
do rock quanto do samba. Na mesma medida. Mas tem vezes que eu ouço mais rock
que samba. Tem historias embalada com sambas. E outras... rock.
Só um samba para esquecer um rock. E só um rock para apagar
o batuque do samba. As historias são amores. O ritmo muda. Ora samba, ora rock.
Às vezes balança as cadeiras e é leve e solto. Desabrocha e vai
ao ritmo malandro do dia levado pelo molejo do samba de roda. No outro se
envolve em solos de guitarra arrebatadores e são tão intensos quando um acorde
final daquele baixo do ultimo algum da banda favorita.
Tem jazz, tem blues também. Mas prefiro samba, prefiro
rock. Um samba vem apagando um rock e
vice-versa. Estou esperando o dia que vou sair num samba-rock que não precise
ser apagado e substituído. Vou sair no balanço intenso sem fim
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