domingo, 14 de fevereiro de 2010
Lirismo floral.
Havia três flores neste momento. Uma branca, uma lilás e uma vermelha. Embora em tom de pureza a branca não era assim. Tinha um ar frágil, mas não era de tanta fragilidade assim. Comia bichos e coisas pequenas, era boa, mas tinha o seu mal. A lilás chegara pelos ares, embora ares parecessem bonito para chegada, o modo não aparenta tanta beleza assim. Fora jogada de um de um pássaro que não gostava de sementes ruins. Deu uma flor que embora a beleza não tivesse sido tocada nem danificada, talvez o interior dela tivesse sofrido irreparáveis danos. Ainda tinha uma vermelha, de fato que a via não tinha medo de feri-la não parecia ter fragilidade, mas mesmo com aparência forte a flor vermelha mais parecia um fio de água escorrendo de um galho, fino, constante e delicado.
Mas ás três flores havia uma abelha. Abelha esta que não pensa direito. Sua vontade era levar o que fosse preciso. A abelha, como instinto, aproximou-se da que mais aparecia. A flor vermelha cedeu-lhe de tudo que era preciso. Das outras duas, uma nem se mexeu; a outra fez de tantas coisas que até punir a abelha fez. Achava feio, muito feio o que fora feito com a flor. Mas como chegava assim e sugava de tudo que precisava sem importar-se com o que restava da flor. A abelha achara forte, e não havia tanto o que se preocupar. No entanto a outra flor lhe disse que esta a qual a abelha tirava-lhe as forças era frágil demais e não tinha por onde nem como ficar sem a presença da abelha, já que ela havia tirado-lhe tudo.
Sendo os esforços da flor lilás tocantes a flor vermelha sentiu-se triste, e sem graça. Não gostava que lhe despissem assim. Não era um ser sem energias próprias, fazia aqui por bem e não tinha problemas. Logo mais estaria recuperada e tão o mais forte que antes. Mas de alguma forma o estrago já havia sido feio.
A abelha, ouvindo os conselhos da flor lilás, deixou a vermelha em paz. Nem mesmo queria ficar tão próxima dela, com certo medo de feri-la demais. Embora ela soubesse que isso deixaria fraca e sem vida. Também não fez questão de esperar pela vinda da abelha mais uma vez. Olhava apenas e observava, sabia que não era mais o motivo e que não se enganava, sabia o motivo de a abelha rondar tanto o espaço. E já não era mais ela.
Para o não de seu espanto viu que agora a abelha vinha, discretamente, aproximando-se daquela flor forte de aparência frágil. Ela já estava com algum receio de aproximar-se, pois ao se aproximar de uma que julgava forte, disseram-lhe ser frágil, imagina a que lhe aparecia frágil. Mas para o seu engano era forte, forte demais... Embora tivesse suas fraquezas.
A flor lilás era fruto de uma semente ruim, e tivera suas conseqüências. Tinha um veneno que era de curta duração, mas era lançado com facilidade. Como já era de se esperar a flor branca, só parecia frágil e sabia de alguma forma que a flor lilás não era de todo o bem. E que estava por perto, mas sabia que tinha alguns problemas. Deixava-a falar, mas logo lhe fechava o caminho.
A flor lias tivera muita calma para entender a branca. Observava e aos poucos percebeu que embora ela dividisse a abelha com ela a branca não aceitava muitas aproximações. De fato ela tinha seus limites, e este foi o problema. A lilás era arisca sabia notar isso. E levou a flor branca ao definiu. Usando de seus próprios defeitos para destruí-la silenciosamente.
Pobre flor branca, não tinha forças estava sucumbida de seus tormentos.
A flor vermelha queria de alguma forma entender. O motivo a qual levava a flor lilás a ser assim. Mas entendia que bondade não era o lema principal dela e que com certeza havia algo mais.
Tempos se passaram e aquele pássaro que jogara fora aquela semente ali, voou por lá e viu. Uma borbolea que passava casualmente também e uns outros bichos viram que fizera aquela semente por ali. Como ele imaginaria que, de alguma forma, tivesse uma semente nociva perto de outras flores sem culpa e uma abelha sem juízo próprio.
Desceu. Primeiro, pensou em pedir desculpa a flor branca que agora mostrara uma cor cinza-estargado. Mas vira logo e fácil que esta não era a pior. Embora aparentemente ruim, ela ainda tinha forças, muitas forças.
Olhou e viu a flor vermelha, foi em sua direção e ela o reconheceu. Sabia que era o culpado de alguma forma, mas que a culpa fora apenas um descuido. Então sem muito que falarem eles logo entenderam o grande problema. O passarinho, o que. E a flor, o por que.
A vermelha já imaginava que aquela semente a qual tivera saído a flor tivera algum problema. E o passarinho, já acompanhado de tantos outros - borboletas e outros bichos - que testemunharam a semente sabiam que ela não era normal. Tinha o interior envenenado e que não sabia muito bem porque fazia isso. Mas também até onde isso era inconsciente ou de vontade própria. Todos eles tinham um mesmo pensamento, mas porém sem jamais julgar. Embora entender também não fosse o caso.
O passarinho se preocupara com a abelha, sabia que era perigoso. A abelha tão pequena e sem juízo se aproximando de uma flor tão enganosa. Mas fora tarde a abelha já não dava atenção a mais ninguém o veneno já lhe entrara. Embora tivessem esperado que o efeito passasse a flor não lhe dava espaço para estar por perto da abelha. E sempre e sempre lhe envenenando todos os dias.
E assim, tristes e culpados. Um por trazer e a outra por não poder fazer nada ficaram assistindo, sem outra opção, ao definiu da abelha envenenada por uma flor de semente estragada. E a flor entendeu que nem de tudo que se parece tão bem, de todo bem há de ser. Embora de alguma forma já soubesse disto.
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Um comentário:
A inveja da flor Lilás é nítida e descarada, queria ela ser sugada, terem provado do seu néctar, não conseguindo, ficou reprimindo as atitudes alheias. E a flor Branca, fraca, porém forte, feito não feito mereceu a "traição", esconde-se na compleição frágil o gênio maldoso que possuía, mas não escondesse a força que poderia usar contra a psica da velha chica - entende-se velha chica, aqui, como a nossa amiga Lilás-.
Mostro-me indignado por esse covil de flores, não imaginei que fosse assim, tão cheias de tramas.
Apertos de todo e seu, Antonieto Cabresco Mamãetosto.
hihihi.
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