quinta-feira, 27 de maio de 2010

Erre.


E ela teve surtos de amor. Queria dizer paixão, mas paixão parece muito carne. E ela vai alem da carne, sente na alma. E quando teve surtos de amor. Ela só sabia que sentia e se tinha nome era vaidade, vaidade de menina.

Foi como vento de chuva que chega pegando pelas pernas e sobe o corpo de deixa despida alem de cegar. Cega por nos fazer fechar os olhos. Ele cega, mas não por cegar, nem é culpa dele, é culpa dela. E a chuva, a chuva vem pra esfriar a carne, a pele, o corpo. Mas não funciona na alma.

A alma podia ser mais quente que o sol, embora, às vezes, gelasse tanto e tão rápido que podia ser o frio em carne e alma.

E se isso fosse verão seria o mais quente. Seria o mais longo, um verão eterno. Mas talvez fosse primavera, inverno... Não, inverno não. Seria apenas quente e humano. Humano como o sentimento que ela tinha, tem.

domingo, 23 de maio de 2010

Meio bom.

Eu não tenho meio termo.

É tudo de verdade, completo. Ou nada.

Se for pela metade...

Melhor nem vir.

Não

Tenho

Saco pra meias palavras. Um pouco, um pedaço.

Tem que ser muito até enjoar, com vontade, fome.

Tipo sono,

Daqueles que bate e a gente corre pra cama.

Dorme gostoso.

Tem que ser assim, confortável e pra valer.

Pela metade já tem muito por ai

Quase fiz, quase cheguei, quase, um pouco...

Isso não cansa, não enjoa e fica, fica, fica...

Fica até perder a conta.

E perder a conta não conta,

Prefiro perder o fôlego.

E nessa de meias coisas

No final das contas, pela metade fico eu.

E já disse: nada pela metade me agrada.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sim, as minhas mãos ainda tremem. Mas é só chegar perto. Eu ouvi falar e já fica tudo congelado. E as minhas mãos tremem. Posso jurar que se tocasse o chão o mundo ia tremer. É tudo tão estranho... O cheiro é o mesmo, o sabor provavelmente é ainda o que era. E Eu suo fazendo força para parar de tremer. Sou capaz, bem capaz, de enfiar a s unhas carne a dentro pra controlar.
E as minhas mãos ainda não pararam de tremer, tremer e suar.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Panis Et Circenses

Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei fazer
De puro aço luminoso um punhal
Para matar o meu amor e matei
Às cinco horas na avenida central
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei plantar
Folhas de sonho no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes procurar, procurar
Mas as pessoas na sala de jantar
Essas pessoas na sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer

Panis Et Circenses - Os Mutantes

terça-feira, 4 de maio de 2010

Assim.

Queria ter inspiração. Ser poeta, talvez. Para saber por em palavras tudo o que eu sinto por você... Com você.
Mas só sei sentir, sentir e sentir.
Algum toque egoísta dentro de mim. Inconsciente, mas real. E de tanto...
Esqueço como se fala.
Tudo parece engraçado.
O mundo é mais bonito
Tudo é cheio de luz... Lindo, colorido.
Mas isso é quando eu to com você. Então você se vai, vai embora... Daí
Eu lembro de falar (de você).
Tudo é preto e branco nada mais é colorido.
Não tem graça, não.
E é assim sempre... Um dia você vem, no outro já vai.
Mas o que importa é que você sempre, sempre volta.
E durante a espera...
Ah como eu queria ser poeta.