Não parei de olhar para os dois desde a hora que bati os olhos. Eles estavam a um distancia razoável de mim. Bem visível e no meu campo de visão constante. Estavam encostados em alguma coisa, que devia ser meia parede ou alguma coisa assim. De fato, o que menos importa, nem prestei tanta atenção assim. Eles me hipnotizaram de fato. Eram um homem e uma mulher. Por mais jovens que fossem o que fluía deles era essência de gente grande.
Era noite, já beirando a madrugada. E eles pareciam bem acordados apesar da hora. A menina era branca de um tipo de branco tropical. Não era rosa, era branca e tinha cor de sol na pele. Suas curvas eram robustas, era bonito de ver. Vestia um vestido de verão leve e que mexia despretensiosamente tanto quanto perigosamente com o vento fresco daquela noite. Deixando um pouco mais das pernas grossas da menina a mostra. O que me deixara um pouco sem graça. Assumo. Sentindo com se tivesse invadindo um pouco dela. Mas era culpa do vento e das curvas da pequena. A que parecia tão envolvida na situação, e nos braços do rapaz, que nem ligava para vento e minhas observações.
Já o rapaz que abraçava a menina não era dos mais bonitos. Nem tão robusto quanto ela. Na verdade o moleque parecia ter apenas braços que passeavam nas costas brancas da moça. O que parecia agradar a ela, pois certa hora todo mundo tremeu com um fio de vento muito frio e ela nem se mexeu. Não entendi como braços tão finos podiam aquecer. E foi ai que lembrei que ele tinha mais corpo que aqueles dois braços nas costas dela. Mas de fato, era magro.
Agora eles não estavam mais abraçados. E ela pareceu notar a presença do vento e segurava despretensiosamente o vestido nas laterais para evitar qualquer acidente. Eles riam e gesticulavam. Queria ter idéia do que falavam. Não sei bem o que esses jovens falam nessas horas. Mas parecia ser algo que a divertiu e que a animou a dançar, pois ela fez uns gestos com as mãos e logo em seguida se jogo de volta nos braços dele.
Começou de novo. Ela estava lá apertada contra o corpo dele como se pudessem grudar. Seus braços brancos envolvendo o pescoço e provavelmente ela devia estar passando as unhas nos cabelos da nuca do rapaz. Pois nessa hora ele puxou a moça com um pouco mais de violência contra seu corpo magro o que a fez ficar na ponta dos pés. O braço esquerdo dele encaixou na curva entre a costa e a bunda enquanto o outro subia com a mão cheia de dedos para os cabelos. E as mãos dela já estavam perdidas pelos cabelos curtos dele. Nessa hora parece que o vento resolveu fazer parte momento deles. E começou a brincar com o vestido da menina.
Passeava na saia dela como se estivesse quase fazendo um zig-zag pelas coxas dela. E se divertia assim. Fiquei um pouco agoniado pensando que ele podia causar um acidente e deixá-la com a calcinha a mostra. Mas nem fez ficou lá brincando enquanto ela se contorcia com um beijo na orelha. E eu fiquei pensando o quanto eles eram sensuais assim, assim... Se querendo. É... Não há outra palavra. Era notável o quanto se queriam os dois. Um o corpo do outro, cada ponto, cada curva, cada gosto.
Ela segurava o rosto dele com as duas mãos quentes enquanto o quadril se apoiava no dele o beijava a boca delicadamente. Talvez pela primeira vez tenham percebido o frio da noite, pois se abraçaram e ficaram se aquecendo. Mas daí isso já não me chamou mais atenção nem me enchia a vista. Então eu virei de volta pra roda e comecei a olhar a que se abaixava pra buscar uma cerveja. Aaah! Ela era linda e morena, usava um shortinho daqueles que...
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