Era tola, tola. Tola o bastante para fazer tudo que queria, mas não devia. E tão tola que julgava errada e mesmo assim obrigava-se a fazer por simples querer. E fazia, e como fazia. Fazia sempre, sem limites. Havia tempos de calmaria que ela se fazia entender que era tola e que fazia e que fazia tudo de errado. Então, por isso, não fazia. Mas era fraca, também, além de tola. Por ser fraca, ela voltava aos vícios e fazia tudo errado novamente. Mas era controlada, fazia pouco, bem pouquinho. Por vezes era quase nada, mas era. Era o suficiente para no outro dia querer mais e mais e mais. E assim voltava tudo do começo.
Era tola, fraca e controlada. Era complicada, às vezes, ia se obrigar a não fazer perto de tudo. E tudo, era o que ela queria fazer. Fazia de conta, brincava consigo e todo o tempo. E no final das contas fazia. Torturava-se, chorava, gritava, esbravejava e fazia. Já estava fazendo. Ela se perguntava todos os dias quando pararia. Então parava, mas o medo entregar-se ao vicio novamente a obrigava a pensar que não daria certo mais uma vez. E não dava.
Um dia pararia. Um dia ela não mais o amaria.
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