E agora que já não era mais intocável, ela achava perigoso. O que mais parecia pintura, agora tinha pele, cheiro, sorriso, voz... Voz? Não, isto ainda não. E ele estava se maravilhando com a idéia de não ser notado por ela todos os dias.
Ela, de besta, já deixara algumas armas caírem. Seus olhares, que até a pouco eram tão difíceis de se flagrar, agora eram rotineiros como encontrar capim no pasto.
Mesmo que para ele só agora fosse visível a ela, ele sabia que, de alguma forma, talvez não fosse o suficiente. Ela sabia o quanto isso era poderosamente encantador pra ele.
Mas hoje num flagra de olhar dela, ele arriscou um sorriso. O que era novidade para ela, que surpreendida com a reação dele, nada mais consegui pensar a não ser sorrir de volta.
Ele acabara de descobrir a sua melhor arma...