sexta-feira, 24 de abril de 2009

Eu já fiz ‘quase vinte’.

Hoje, mas precisamente às quinze horas e quinze minutos, vão ser vinte anos respirando fora da barriga da minha provedora. Alguns dias foram aos trancos e barrancos; outros: maré mansa.

Tem uma coisa engraçada, eu ainda não sei direto, talvez na hora certa – quando cair a ficha- eu entenda o que são esses tal de vinte. Vinte, um número redondo, duas décadas, seja o que for. Mas eu quero voltar a um ano antes: Quando eu fiz 'quase vinte'.

Cheguei à conclusão, hoje, que ninguém faz dezenove anos. Dezenove seria como uma idade ponte ou como a vogal muda do ditongo. É raro, e eu acho que no meu caso, não houve uma alma viva que me tenha me dito: Nossa! Dezenove. Parabéns.

Foi um ano ouvindo que eu tinha 'quase vinte'. Merda, cadê essa praga dos vinte que nunca chega?

Por que eu não podia curtir essa dezenove, tinha que ficar na expectativa dos vinte? Certo! Vou com os dois pés nessa história. Cadê os vinte, cadê?

Faltam mais ou menos três horas pro dia do meu aniversário e mais algumas doze pra hora exata. Ainda tenho quase vinte, ou dezenove, como lhe agradar, meio complicado, estou esperando os vinte. O que será que acontece?

Será que há algum presente secreto que antes de completarmos o tal dos vinte não possamos saber? Ta bem, eu sei que isso é história pra boi dormir. Mas é tão espera que, sei lá. Todo mundo fez vinte, menos eu, até amanhã.

Enfim, estou definitivamente 'pê da vida' com essa história...

(continua amanhã, após o tal dos vinte)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

E quando o sonho de contos de fada acaba,

ou parece acabar?

Quando a gente pensa que a vida pode ser bonita vem alguém, pode ser aquela que lhe viu construindo o castelo, e derruba tudo. Mostra-lhe a sombra que você não queria ver, te puxa de qualquer maneira pra dentro do buraco que você saiu. Ainda não sei se me taparam os olhos, ou agora que os descobriram, mas que o que eu via dantes agora se foi. Procuro o castelo na beira da praia, mas o que vejo são apenas as marcas de tudo que foi destruído... Céus! Quero o meu castelo de volta!

Terei eu quer reconstruí-lo? Parte por parte, grão a grão... Dia após dia eu vou ter que voltar a fazer a mesma coisa. Por quê? Ainda pergunto todo o dia, tantos castelos, justo o meu destruído, justo o meu foi à ruína...

Arruinado, meu bem, é assim que o castelo está! Agora, o que eu farei? Por que você não acredita no meu castelo? Por que, você, que me mostrou a praia e a areia, não senta comigo e faz um castelo, também? É mais bonito ver todos iguais, não é? Entendo que pense assim... Então, sejamos iguais, mas assim, com sorrisos nos rostos, nossos castelos construídos, e tudo mais.

Meu bem, o meu castelo, agora, vai ficar intacto, seus pés são fracos para isso. Sinto muito, caso queria companhia de um sorriso agradável, me procure ali a diante onde eu terei refeito o meu castelo, agora mais bonito e muito maior. E obrigada por me mostrar isso. O conto de fadas acabou, mas eu prefiro a realidade que eu fiz. Meu castelo está aqui, por inteiro, e você do meu lado com um sorriso festeiro, cantando canções, até em certas horas com um ar zombeteiro que tanto quis....


E lhes respondo: Ele vira a realidade que se quer viver. Como pouco se sabe a vida é fácil, mas a gente insiste em complicar para dar alguma importância.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Levem.

Queira sempre o melhor...

Do hambúrguer, o pão;

Da vida, o amor;

Da casa, o banheiro;

Do banho, a espuma;

Do caderno, o papel;

Da igreja, o teto;

Do dia, as nuvens;

Da dona Maricotinha, dois saltinhos de alegria;

Da vovó, as histórias;

De mim, a alegria, o amor e boa companhia;

Do balé, os giros;

Do dia que desejares tudo, os desejos nas mãos;

Da festa, a preparação;

Da escola, o ultimo horário, ou aquele dia sem aula;

Do pastel, a massa;

Do coco, a água;

De tudo, um pouco;

De um pouco, tudo;

Do sono, os sonhos;

Do tempo, leve sempre a lembrança de que tudo que existe é um presente. Mesmo daqueles que você não goste e prefira guardar na gaveta, ou desfazer-se. Lembre-se são presentes, não negue. Se deles não gosta, apenas tente evitar convidar os mesmos para te presentear novamente. Mas não os culpe, talvez não soubessem o seu gosto. Claro, não se esqueça de agradecer por tê-los recebido, mesmo nem gostando tanto... Presentes são presentes!

Isto mesmo! E daqueles que gosta, faça o seguinte, sempre veja o que há de melhor. E assim vá levando a vida o tempo todo, com o melhor de cada um. De cada presente e do mais importante presente de todos:O presente vivido!

E do melhor, leve a vida.


quinta-feira, 16 de abril de 2009

Um papo de coração.

Coração é uma coisa engraçada. Não é bonito, se mexe como um alienígena quando ta fora da gente; é melequento e tudo mais.

Gozado que ele se remexe o dia todo e a gente nem da conta, a não ser quando acontece alguma coisa do tipo 'ai caramba!', nessas horas a gente se da conta o danando dispara feito doido que a gente acha ele vai sair pela boca e ficar pulando que nem peixe fora d'água. E ainda tem quem emenda com umas de que 'esse coração ainda me mata!', pode?

O pobre coitado fica lá no estica e puxa o dia todo e sangue pra cima, sangue pra baixo e a gente nem ai.

O coração bate, já sentiu bater, hoje? Não num momento 'pico de emoções', mas do nada, a cada segundo ele bate, bate... Certo, da ultima conversa que tive com ele, o coração deixou claro que não sente problemas em ser sentido apenas nestas horas, é até divertido - segundo ele-, custa dar um pouco mais de atenção por bichinho?

Ai que me dá uma vontade de fazer uma campanha pró-coração!

O coração bate, bate, bate e você não dá moral, quero ver quando ele parar de bater, garanto todo mundo se dá conta da existência...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

É meu.

E eu comprei a calça. E caiu a ficha, EU TENHO A CALÇA QUE EU QUERO!

Entenda, por Deus! Eu comprei a calça eu consegui. Eu que tanto queria... Eu quis, e querendo eu consegui. Já li, já ouvi, entendi que: O que queremos já é nosso. Mas que coisa eu podia sair pulando pela rua, cantando na chuça, ou dançando a música tema de 'Hair' por ai. Vontade não me falta.

Vi a calça, experimentei, me apaixonei por ela e agora a tenho. Passaram-se dias e eu olhava e namorava aquele modelo, aquele tipo de calça e tudo mais. Não fazia idéia que ela estava me esperando lá, quietinha. Era minha, já era minha. Apenas por querer!

Céus! É minha finalmente cheguei no tempo que ela é minha! Passei por várias e exatamente a calça que eu queria está em minhas mãos, digo, no armário, mas hoje vou usá-la.

O que mais eu posso fazer, senão, acreditar? Acredite, não é por uma calça, ou o amor da sua vida, ou a sua carreira perfeita, apenas acredite.

Acredite em si, ame-se! Céus, A CALÇA É MINHA, PORRA! Se essa calça é minha, o resto que eu quero também é; basta esperar o tempo me trazer tudo.

Eu acredito, é meu! Você acredita, é seu!

Obrigada, acredite, descrença não leva a nada, literalmente.

sábado, 11 de abril de 2009

Diário.

Quero a felicidade inexplicável;

Quero amor inabalável;

Quero meus desejos realizados;

Quero amigos e abraços;

Quero o bem por perto;

Quero musica feliz;

Quero o meu amor ao meu lado;

Quero namorado, um caro, um gato (que pode ser o namorado), um sucesso, paz de espírito, reunião de amigos, risos e tudo. Tudo isso que me faz bem e que quero mais do que posso medir e explicar.


 

Eu só agradecer, é o que há pra fazer.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Déjà vu de namosia.


De boca aberta! Assim que ela recebeu aquela notícia, pedido... Não importa o nome. Apenas o que aconteceu. Ela já havia visto e vivido esta cena antes. E agora, agora lá estava ela, com a roupa, a trança, os ósculos e até aquele friozinho estranho que aparece quando tem sol, ainda.

'De tarde, lá estão eles dois. Ela sabe – em alguma parte dentro dela - que ele fará isto a qualquer momento, sonhou com isto, pensou, encenou e tudo mais. Porém ela ainda não sabe como, nem quando, só sabe que ele o fará. Abraçados e cercados por amigos em uma casa de praia ele diz através dos olhos que é feliz com ela que só quer está ali com ela.

A hora passa correndo, ele olha para ela e ri. As palavras chegam à ponta da língua e voltam, ainda não era o momento. Certa hora ela vira para olhar nos olhos dele e faz uma piada, certo! Agora ele sabe: Não da mais, como eu posso adiar este momento? Tenho a melhor pessoa aqui comigo, eu sei que ela gosta de mim do mesmo jeito que eu gosto dela. Porque, eu vou perder mais tempo?

Então, nesta hora, ele vira para ela e diz: Amor, me olha!

Neste exato momento como numa chuva de imagens ela já sabia de cada palavra que sairia daquela conversa da li em diante, de cada coisa que se passará antes, tudo havia se encaixado.

Incrível! Ela pode repetir cada palavra que sair. E ele assim, como quem diz que ama, disse: Eu sei, não sei nem porque, mas eu gosto tanto de ti, não quero perder mais nenhum segundo, nem tempo, se pudesse nem piscava mais. Então... Eu sei qual é a resposta e tu sabes qual é a pergunta. Fica comigo, namora comigo. Eu faço parte da tua vida e Tu fazes parte da minha.

Palavras não couberam como resposta ao momento, o sentimento falou por si, os olhos responderam que sim, o corpo gritou que sim, o sorriso carimbou e todas as partes que sim. O sim é a resposta dela.

Como déjà vu tudo aconteceu. Nem mais nem menos a intensidade era a mesma, o sentimento, o coração e a velocidade do universo estavam certas. '

Então de boca aberta de um sorriso escancarado ela disse: sim. Tudo aconteceu, ela sempre soube, sempre saberá. E assim será daqui para frente será como déjà vus diários seguidos, ela sabe, eles dois sabem. Só há felicidade. E obrigada, é o que ela diz à vida todos os dias.

Tm.





terça-feira, 7 de abril de 2009

Sou o corpo.




Encontro em tarde escura, dias claros e luas cheias. Tenho pernas longas e braços firmes...E não me importaria se fossem curtas as penas e fracos os braços. Vou em frente sem medo de tropeçar. Não, nem penso em tropeços, deixo eles para trás.
Agarro o que é meu, mas não os prendo deixo livre pra ir a diante ou voltar pro revés. Ando na linha, na trilha, no beira, no centro, ou, apenas ando.
Sorrio para o vento, canto com a os pássaros. Por várias vezes me pararam para perguntar o motivo de tanta felicidade.
Eu não respondi exatamente o porquê da felicidade, não havia resposta exata como uma conta matemática, sendo assim apenas dizia: Um segredo, não sei ao certo o motivo exato. Apenas passei a senti-la desde então, ela nunca me largou.
Apaixonei-me por este estado súbito, inesperado, inconsciente e persistente. Então, eu estou a transmitir o amor para recebê-lo de volta. À felicidade cabe o resto. Vem comigo, tomou lugar de minha sombra, que era um tanto sombria e me irritava, outrossim, agora é clara.
Sou o corpo e a felicidade é a sombra. A minha sombra. Meu nome é amor e a minha vida segue em frente, mesmo quando tenta ir para trás, pois ela vira as costas e vai em frente. Encontrando dias claros em tardes escuras. Ou apenas um bom motivo para ter uma tarde escura como estado agradável.

domingo, 5 de abril de 2009

Comprei um livro velho, usado, surrado, manchado. De certo, estava a muito, guardado em uma estante, num armário. Ou quem sabe, estava na mesa de cabeceira servindo de porta tudo – pois é claro que há uma marca de copo na contra capa que circula exatamente as palavras 'com seu humor (...) biografia (...) em tiro pela culatra. E mostra'.

Não sei por que cargas d'água já não o havia comprado antes, mas sempre fui simpática a este livro. Mas agora, entendo... Senti como se adotasse uma criança de um abrigo, tão triste sem pai nem mãe. Perguntei-me por que alguém abandonaria um livro, assim, para ser vendido. Mas não encontrei a resposta...

Ainda pouco estava folheando-o, suas páginas amarelas – e eu que nunca pensei que um dia teria um livro com páginas amareladas – e pensei: quantas mãos já não passaram por ai? Confesso que em certa hora deu-me um nojo do pobre coitado, pois não sei o estado das mãos que passaram por ele, mas darei um jeito nisso. Posso eu, usar uma luva pra não ler fazendo caretas.

Tenho certeza, hoje o que mais me chama para esse livro não é o seu conteúdo, as sua história. Meu novo livro velho, ou meu velho livro novo.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Me chamo Magnólia...

Tenho certeza que já nasci de revés, afinal de contas, quem nasce chamando Flor Magnólia, não pode ser considera uma pessoa de sorte. E fiquem calmos, ainda nem disse meu sobrenome, e nem pretendo.

Que seja! Nunca me enquadrei em canto algum, sempre tive de criar o meu clã: o clã da Magnólia. Não que eu seja uma pessoa popular e que todos queiram me seguir, ou que, sei lá, eu seja de alguma espécie superior ou inferior ou resto da população. Porém, convenhamos, todos temos as nossas estranhezas, mas a gente acaba guardando dentro de casa pra ninguém ver e pra esconder o buraco a gente põe um rótulo e vai embora no vai da valsa.

Bem, quando criança, achava até divertido ser assim, mas quando a gente sofre a mutação de bicho criança pra bicho (monstro) adolescente, as coisas mudam e ser tão a gente é tão legal e dão difícil que pra não aborrecer e se cansar a gente se adapta ao resto e adota o tal do rótulo e os tais dos grupos. Embora esse fosse o plano perfeito pra qualquer garota, comigo dei foi uma grande merda!

Foi tão divertido quanto porco na lama e o resultado foi tão catastrófico quanto a entrada desse porco numa casa recém lavada, e branca!

Pois bem, o meu plano de adolescência perfeita foi por água a baixo, tive que fazer tudo de novo.

Falei pra mim: Ei garota, saia daí de dentro, eu vou por a Magnólia de volta!

Tenho certeza que isso deixou muita gente de cabelo em pé, mas eu achei bem legal.

Vou contar dois segredos: O primeiro é que eu crio contos para tudo, se eu vou até a padaria, antes de chegar lá eu já criei uma história de como seria tudo, é como antever o futuro ao contrário,entede?! Segundo, sempre soube ler nas entrelinhas, mas nunca acreditei, ou quase nunca.

Ufa! Tirei um peso das costas...

Continuando, Me chamo Flor Magnólia (por falta de juízo da Dona Judith), tenho ahn... Desculpa, parei de dizer a idade em público desde que surgiu essa ruga de expressão quando falo palavras muito abertas, mas garanto que to bem pra longe dos 'enta'. E antes que eu derrube alguma coisa digo logo: tire os cristais do meu caminho caso queira mantê-los ilesos; já falei demais.



quinta-feira, 2 de abril de 2009

Esquindim dom-dô.


(Essa da foto é a vovó, manda beijo pra ela!)


Fazem meia dúzia de anos que eu não te vejo acordar com uma carinha enrugada, uma felicidade marota, ou um mau humor irresistível. Seguia empentelhando a vida a manha toda, querendo saber porquês e mais porquês contando histórias sem pés nem cabeças. E quando eu aprontava dizia: Mas vovó Del, eu não tenho culpa!
Não me dei conta do quanto foi saudável te ter por perto, dos meus puxões de orelhas, das minhas risadas que eram mais para gargalhos diários. Não me dei conta o quanto te deixava de cabelos em pé toda vez que aprontava uma ou outra, ou quando não queria comer os temperos da tua comida e tu me fazias capitães comestíveis para empurrar goela a baixo.
Foram os melhores sete anos, onze meses e 10 dias que eu tive na minha vida. Indiscutivelmente até hoje ainda não vivi nada melhor.
Parece bobagem, mas até hoje os ovos de codorna não tem o mesmo sabor...
Eu parei de crescer há oito anos. Um pedaço de mim não quis acreditar, foi mais fácil guardar numa gaveta que por para fora. Sempre foi assim comigo, né?! Eu preferia esconder o medo a tentar me livrar dele, lembra? Lembra que eu achava que quando eu sentava na cadeira e ficava com os pés numa posição ruim e os músculos reclamavam se tremelicando eu achava que eu tava com medo por causa de fantasmas? Céus,eu era uma boba!
Ou quando, nas férias em tardes de chuva, a família toda se reunia na sala da casa da praia e contava piadas. E tu sempre tinhas uma piada nova pra gente, era sempre motivo pra rir contigo. Até a tua forma de carinho era mais divertida que todas, pois pegava no colo segurava pelos sovacos e cantava tua cantiga: Esquindim dom-dô, esquindim dom-dô...

Família... É tu sempre foste a base mãe. A imagem que eu tinha era de todo mundo girando em volta do teu umbigo. E hoje não tem umbigo, nem panela de bolo, nem purê de batata pela metade, nem nada. Ou até tem, mas nada é a mesma coisa, o mundo ficou meio sem graça menos colorido.
Depois que a base foi dormir, foi cada um para um lado, sem rumo, meio desorientado. Eu sei o quanto tu te preocupaste conosco que fez questão de não deixar doer tanto assim.
Mas vovó Del, eu não tenho culpa! Ninguém avisou pro meu coração isso. E agora ele, às vezes, dói.
Mas já se passaram doze anos, eu tenho que crescer. Levar a vida em frente, sorrir na lembrança, a melhor de todas, da minha infância que apesar dos pesares foi a mais divertida que eu pude ter, e não tenho do que reclamar.
Desculpa por qualquer coisa e foi um enorme prazer ter te encontrado nessa vida. Seja feliz onde quer que esteja.
E uma ultima coisa, eu posso não ter te dito nenhum dia, mas eu te amei e te amo até hoje.


Dedicado totalmente à Vovó Del.