Não sei exatamente o que escrever. Embora saiba perfeitamente usar as palavras, não sei ao certo em que encaixá-las. Do que falar, mesmo sabendo de quem falar. Talvez faça um pequeno conto transbordando de metáforas com algum final bonito e tocante pronto para pegar um lenço e chorar afogando-se num pote de jujuba (Ah, lembra, eu sempre faço isso... Isso de me afogar num pote de jujubas.). Mas não é isso. Não é real o suficiente.
Também... Também não quero alguma coisa que choque a sociedade, ou o mundo com pontos realistas e cruéis do tal 'hoje em dia e sempre'. E isso não tem nada a ver com o que falar, pra quem e de quem. Na verdade, não sei nem se é exatamente isso que eu quero falar.
Acabei de lembrar-me de algumas coisas, sabe...
As coincidências, o gosto em comum. Posso falar de todas elas. Gostos em comum dão muito que falar (podia falar o quanto eu acho legal aquela blusa da caverna do dragão, ou da afeição por all star.). Acho que ficaria chato meio sem graça certa hora.
Posso, então, falar o quando eu acho engraçado existir outra pessoa no mundo que fique tão absurdamente impressionado com mãos e pés. Mesmo que eu não seja a melhor pessoa pra falar de pés bonitos ou feios, enfim. Mas até que minhas mãos são legais. Mas se falar disso, vou acabar falando de outras pessoas.
Já usei muitas palavras, mas ainda não consegui chegar a lugar algum. Ainda não sei ao certo que falar. Mas não por falta do que falar, e sim, por muito que falar, já.
Acho que vou falar da minha capacidade de confundir as pessoas com a minha confusão. Não, né?! Acho que eu posso deixar alguma pessoa louca só de ler as primeiras linhas.
E agora beibe, o que há para eu falar, te falar.
Posso começar a exagerar em tudo, com essa coisa de alma de artista que tem por aqui, até chegar à pieguice. Melhor não, também. Sem metáforas, sem exageros, ou pieguices, não falar dos outros...
Então vou falar de noites mal dormidas por conversas divertidas; De horas de assuntos intermináveis, de falar abertamente de não ter medo, não muito, de tudo. De alarmes disparados e perguntas difíceis. De queixas, risos e cachorros... Bagunças e livros; Musica e dança; Passados conturbados e vida acadêmica; De all star preto de cano alto e um branco e pouco usado; De cócegas; Do perigo do desconhecido e da loucura de estar próximo a uma 'pseudomaníaca'; De dança e direito; de atraso de comunicação; De que eu não fiz nada mais alem de citar tudo, e o quanto eu tenho certeza que tu vais rir quando ler e lembrar. De que memória e a realidade fazem mais jus a tudo do que as palavras. Isso porque não falei de dentes, barbas, unhas e colírios.
O quanto eu acho isso muito engraçado e nem sei explicar. Meio sem mais nem por que. Um tanto de bom um tanto de perigoso. Um pouco incerto ainda, mas de qualquer forma seguro e atrapalhado. Um pouco de sinceridade e graça, o que mais se pode querer? Nada mais de 'meio sei lá'. Pouco tempo (relativo) e muitas coisas, embora ainda um pouco desconhecido já haja muito que se sabe. De fato há muito não escrevo a outros, mas a pedidos (leia-se: exigências) o fiz. E no fim quem agradece sou eu, com essa meu 'a flor da pele' artista transbordei o que falar. E por fim... Obrigada por eu te conhecer, conhecendo... E lembra quando perguntaram sobre ser especial? Sim, é... Ta sendo. Por fim, onde não havia palavras agora há.
(mesmo enferrujada de 'dedicados', tai como prometido. rs)