Morrendo de saudade...
Me mata todo dia pro dia novo me fazendo querer andar para trás.
não é possível amar de novo se não for o mesmo amor. Agora todo amor é uma amor de merda. Nada é grande e bom o suficiente pra comparar. Nem chega perto.
Eu não tenho meio termo.
É tudo de verdade, completo. Ou nada.
Se for pela metade...
Melhor nem vir.
Não
Tenho
Saco pra meias palavras. Um pouco, um pedaço.
Tem que ser muito até enjoar, com vontade, fome.
Tipo sono,
Daqueles que bate e a gente corre pra cama.
Dorme gostoso.
Tem que ser assim, confortável e pra valer.
Pela metade já tem muito por ai
Quase fiz, quase cheguei, quase, um pouco...
Isso não cansa, não enjoa e fica, fica, fica...
Fica até perder a conta.
E perder a conta não conta,
Prefiro perder o fôlego.
E nessa de meias coisas
No final das contas, pela metade fico eu.
E já disse: nada pela metade me agrada.
Por que parece fácil?
Parece fácil porque quando a gente vai pra rua quer deixar tudo pra trás. Porque quer tudo mais fácil, não quer ser desagradável. Não, não quer. Ninguém quer ser desagradável, ninguém escolhe isso. Quer chegar na rua e sorrir, sorrir e deixar os problemas tá no comecinho. Quer fazer todo mundo sorrir sem se preocupar com nada. E quando faz isso torna bem mais fácil, o que parece difícil. Embora seja só por um momento, todos sabem... Sempre parece mais fácil. Guardar tudo de chato numa sacola opaca e sorrir na frente de todo mundo na rua e fazer de conta que os problemas só são dos outros. Por isso parece fácil. Por faces divertidas em frente as outras. Sim... Parece fácil. Porque todos sorriem com você e estão ao seu lado e ouvindo tudo o que você tem a dizer. Porque todos estampam sorrisos carimbados nas ruas todos os dias e se diz "não, não sou obrigado". Porque tudo parece agradável. Porque sorrimos na rua, parece fácil.
Por que É difícil?
É difícil porque embora você vá para as ruas sorrir com os outros, só você sabe o quanto ta doendo dentro. Por que embora te digam "vem, eu te escuto o que há com você?" no final todos sabem que não são obrigados. E no fundo todo mundo sabe que é chato não estar bem. Porque é mais fácil ficar com tudo certo do que ser um estorvo problemático. Porque todos, absolutamente todos tem alguma coisa guardada naquela sacola opaca e não quer mostrar pra ninguém. Talvez com um medo se for um desagradável e fazer as coisas escaparem pelas mãos. Porque quando se quer agradar e for agradável, a gente põe os nossos problemas para trás e encara tudo sorrindo com um aperto no coração. Porque guarda tudo do lado de dentro de casa e, não importa como esteja lá fora, a gente nunca quer parecer um problema e sim uma multidão de pessoas felizes. E principalmente é difícil, porque não superamos as coisas, apenas queremos fazê-las parecerem mais fáceis.
Mas na essência, nada é igual. Nem os frascos do mesmo perfume, nas peles diferentes eles vão mudar. Nem os gêmeos, os olhos não são os mesmo. Nada é igual. Por mais que achemos que tudo possa ser igual, não é. Do que importa a superficialidade, no fundo, o que importa... Isso muda.
Mas o que mais importa o que tem estampado na face ou o que está escondido sob as roupas, a pele, por dentro?
O que querermos das pessoas? O que agrada ou a verdade? Teremos com a verdade então, uma vida mais feliz ao lado das pessoas? Seremos então mais amigos por sabermos a verdade ou apenas o afastaremos disto e teremos amigos novos, novas companhias, novos lugares?
Difícil escolher, aceitar como todos são. Os opostos se atraem mesmo? Saberemos lidar com todas as diferenças que estão ao redor com tanta facilidade assim, ou somos egoístas demais por pensar que somente o que é diferente em nós tem de ser aceito?
Você não gosta das minhas roupas; eu não gosto das suas músicas. Mas e a essência nossa? Muda? São tão diferentes assim que causa choques impossibilitando-nos de ficar próximos?
Perdão, eu não posso mudar o que há dentro de mim. Não são músicas, lugares, roupas e todo o resto superficial que vão mudar o que eu penso e o que você pensa.
Por mais parecidos que sejamos nossa essência não combina hilário. Somos tão iguais. Mas infelizmente o meu cheiro não te agrada.
Hoje eu pensava como será morrer. Quantas pessoas vão sentir minha falta? O que vai mudar no mundo se eu não estiver aqui? Como será o outro lado? Pra onde eu vou? Existe céu e inferno? Eu fui boa o suficiente pra ir pra um lugar bom? Eu já estou livre pra poder ir, ou será que eu vou ficar vagando pela terra dos vivos até um recomeço?
Foram muitas perguntas, mas como será morrer? Morrer dói? Não digo da dor física, mas alguma coisa "extra matéria". Alma sente dor? Sente alguma coisa deixada para trás? Como será morrer?
Filósofos disseram que antes de sermos corpo matéria antes de sermos 'vivos', por assim dizer, somos almas presas em estrelas e quando chegamos aqui o choque é tão grande que deixamos algumas coisas para trás. Se morrer voltaria para a estrela e recuperaria tudo o que perdi?
Quem choraria e quem fingiria, quem ia mesmo sentir a minha falta? Mãe, pai? Quem mais? Preciso de mais alguém? Talvez ficasse atormentada por não ser amada e não ser lembrada. Será que ficaria bem sabendo que há alguém que sente absurdamente minha fatal. Ou será que morreria triste e de desgosto por não ter ninguém com o coração apertado por mim?
São muitas dúvidas, muitos já pensaram assim e se perguntaram também. Será que é loucura, de nossa parte? Morrer é simples, difícil seria responder as minhas perguntas.
Cheguei à seguinte conclusão: sou apaixonada.
Não digo exatamente por alguém, ou uma espécie certa, mas por tudo. Daquela que gosta de se apaixonar, até de estar meio feriada também. Letras, músicas, sons, lugares, coisas. Com alguma coisa que vai lembrar alguém.
Que se sente incompleta de coração vazio. Meio fora de prumo. Embora que quando o encha fique mais fora de prumo ainda. Sem fome. Sem sede. Sem muitas vontades; mil sonhos e borboletinhas no estomago.
Um ser apaixonado, como estado constante, não precisa, exatamente, de alguém especial. Qualquer um já pode ser especial. E essa é a parte mais bonita, e a mais dolorida. Porque quando qualquer um pode ser UM, a coisa não tem muito controle de qualidade.
Mas, no final das contas, ser apaixonada é coisa de poeta de coração mole.
Era um coração forte e resistente. Mas claro que com o uso ele já tivera algumas marquinhas do tempo, nada que de longe não se disfarce. Batia em ritmo acelerado e com muita energia e vontade de tudo. Já não tinha medo de riscos. Sempre achava que qualquer pessoa seria digna de ocupá-lo. Embora que, para tanto, precisava provar.
Mesmo com as aparências ele era calmo, um coração tranqüilo. Sem muito que se preocupar, não fazia mal a ninguém. Mas era meio bobão. Qualquer prova já era prova o suficiente. E lá o coração se abria ficava todo feliz deixando o caminho livre para quem quisesse entrar
E entrava e saia gente. Quando entrava ocupava um espaço. Alguns saiam e deixavam marcas, marcas bonitas até. Outros, se não fosse a memória, jamais saberíamos de sua passagem.
E deixava , quando merecedores, instalarem-se sem medir espaço. Podia ocupar ele todinho, ou só uma lasca.
Pois bem... Mais uma vez o coraçãozinho deu espaço. Vou ocupado como quem não quer nada e por fora nem se notava. Mas quem o viu o estrago por dentro logo pensava: Iiih, as estruturas estão fracas!
Dito e feito. O ocupante abriu tanto espaço no coraçãozinho que, no final das contas fez um estrago. Era pedacinho de coração pra tudo que era canto. Não sabia por onde começar.
Ah... E o pobrezinho do coração que era tão forte e resistente. Como ficara tão exposto? Nem ele sabia o que dizer. Por fora, nem ele imaginava que estaria assim. E o coração tava se chorando em todos os pedaços.
Era tão triste de se ver. E os outros ocupantes estavam lá, sem teto e preocupados com o seu lar. Nunca o viram tão sensível. E logo ele que estes tempos ficara bastante feliz.
O coraçãozinho se lembrava dos dias em que era inteiro, somente com suas marquinhas. Agora era só caco. Um pedaço com cada ocupante e um ali no meio jogado pelo chão.
E vendo o coraçãozinho como tava e sabendo que aquele pedaço sem dono presente ia ficar pelo meio do caminho os ocupantes resolveram ajudar o coração. Reconstruiriam o seu lar como puderam. Cola daqui, amarra da li.
Agora ele tava montado. Os ocupantes logo foram para seus lugares. E de dentro via-se apenas um aconchegante lar dentro do coraçãozinho remontado. Tudo em cima de um pedaço abandonado. Mas isto era de dentro.
Agora de fora se via um coraçãozinho batendo cada dia mais rápido se aos poucos mais animado. Agora ele parecia um bichinho estranho. Forte e resistente talvez ele não fosse mais, afinal agora era todo remendado, fazendo um barulhinho aqui e ali, por falta de algumas pecinhas. Mas sabe, isso dava ate um charme a este coraçãozinho remendado. Forte e
Vou fazer uma espécie de pacto com o destino. Eterno, por conta das próximas encarnações para não ter problema. Disseram-me que ele é sacana. Embora eu ache que ele seja um belo de um humorista. Mas uma não descarta a outra.
Se fosse uma pessoa a imagem do destino que vem a minha cabeça é um cara sentado numa cadeira digna de lordes; com roupão escuro e cheio de pompa; rindo, rindo das suas sacanices com os outros.
Mas fora isto ele na faz por mal, talvez seja até culpa nossa por, de alguma formar, insistir em por a culpa nele. Daí que ele cansou-se disto e resolveu brincar.
Mas deixando as divagações acerca da 'personalidade' do destino. Eu digo que desta vez ele foi esperto. Pegou-me direitinho... E de surpresa. Vou procurar este sacana, para fazer esse pacto. Eu não o culpo e ele não me assusta.
Eu só queria mais uma vez aceitar. Aprender a me gostar.
Gostar um pouco mais de mim do que fui capaz de te gostar. Querer um pouco mais a mim do que eu já te quis.
Não sei bem o porquê, nem por onde, nem quando... Só queria poder. Sei que não é possível voltar. O tempo passa, o nosso passou e você perdeu. E eu apenas acelerei o relógio.
Bons são os que sabem ficar bem mesmo com as marcas que ficaram de um tempo que passou. Ser feliz e mesmo assim lembrar, é para poucos, é para sábios.
Não sou sábio, mas vou aprender.
Eu não queria assumir, mas ainda sou... Sou, sou completamente apaixonada por você.
Eu sei que já seguimos caminhos diferentes, que já passou o tempo. Mas desde que acabou eu só passei o tempo tentando suprir o que me faltou.
Eu sei que vai parecer piegas, também, mas eu tentei encontrar um pouco de você em cada coisa que fiz. Passei um tempo ressentida, depois passou. Também tentei apagar tudo, mas não funcionou. Relevei e levei a vida, até hoje.
Conheci mil pessoas, tive vários casos, uns sérios, outros nem tanto... Até me apaixonei de novo. Mas nada foi igual. Decidi que não ficaria pensando muito no passado e não tentaria por um pouco de ti em cada um, mas não deu.
Ainda sou apaixonada por você. De um jeito que jamais pensei que pudesse ser. Acho que foi alguma praga que jogaram pra mim, assim. De tanto me vangloriar por jamais me apaixonar.
Já se passou um bom tempo e o que parecia apagado continuou sombreando todas as palavras na folha.
E agora, hoje, você... Aqui do meu lado dizendo que agora sabe o que eu sinto é mais importante pra você do que podia imaginar é como dançar nas nuvens e te beijar é mais que apenas beijar e como fazer um novo dia raiar.
É numa hora dessas que eu me sinto um tanto incapaz. Digamos... Meio que fora do meu controle. Não sei como por em ordem, ou por em ajuste, ou sei lá... Fazer como tenho vontade.
Queria poder ter um controle sobre isso. Na verdade se pudesse ter um pedido apenas, seria o de ter esse controle.
E aparece assim, quando tudo parece estar no lugar. Quando há brisa, quando não bem nada fora do eixo... Lá vem de novo e tira tudo do lugar como um vendaval.
Pois então... Queria poder ter o poder de ter controle sobre o que eu sinto. Apertar um botão e mudar de canal; mudar de pessoas; mudar a freqüência do sentimento. Pra poder me livrar desse filme repetido que insiste em não querer sair de cartaz.